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Farol Alto

Desânimo e desilusões no setor de importados

quarta-feira, 11 de julho de 2012


As vendas de veículos importados vão de mal a pior segundo os executivos da Abeiva (Associação Brasileira das Empresas Importadoras de Veículos Automotores), o que tem resultado na demissão de cerca de 10 mil das 35 mil pessoas que as empresas da associação emprega atualmente.

O problema, claro, foi o aumento do IPI em 30 pontos percentuais, além da alta do dólar, que já faz algum tempo é comercializado a pouco mais de R$ 2. Com isso, a Abeiva anunciou queda de 21,6% no volume de vendas de veículos, no acumulado de janeiro a junho deste ano, em relação a igual período do ano passado, quando foram vendidas 90.518 unidades.

A Kia, como representante de maior volume de vendas, responsável em 2011 por quase a metade da quantidade de carros comercializados pela Abeiva, foi a que mais apresentou retração. De fato, se excluirmos os números da Kia no primeiro semestre de 2011 e 2012, o resultado é quase igual, com 49.852 veículos em 2011, ante 48.909 em 2012.

Mesmo assim, todas as 29 associadas da Abeiva estão desanimadas, desiludidas e em depressão com a situação, pois como tiveram um 2011 excepcional, esperavam um 2012 tão bom quanto ou até melhor. “A situação não é só negativa, é desesperadora”, afirmou o presidente da Abeiva, Flávio Padovan. “Muitas empresas operam com margem negativa”, lamentou.

Todos perdem
Neste samba do crioulo doido, todos perdem, e claro, quem perde mais é o consumidor, pois já existem boatos de montadoras que pensam em deixar de operar diretamente no Brasil. Mas, além de reduzir imediatamente 10 mil postos de trabalho, as empresas associadas projetam vendas 40% menores em 2012 em relação à 2012, em um momento que a indústria automotiva nacional deve apresentar crescimento de 5%.

Com isso, a quantidade de imposto recolhido pelo governo, provindo das importações de veículos, também sofrerá queda de 40%, de R$ 6 bilhões em 2011 para R$ 3,6 bilhões este ano. 

Para sobreviver, a Abeiva pleiteia junto ao governo a revogação do aumento do IPI, ou um plano de cotas de isenção para a aplicação do imposto.

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