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Farol Alto

Eficiência energética: o peso do combustível

terça-feira, 12 de junho de 2012


Diferença de octanagem entre gasolinas no Brasil, EUA e Europa

Boletim 14/2012 – 12 de junho

Alexandre Akashi

A semana passada foi curta; teve feriado prolongado, Dia Internacional do Meio Ambiente, na terça-feira, 5, e o mês apenas começou. A propósito, na cidade de São Paulo, junho é o Mês da Manutenção Preventiva, consta no calendário municipal mas a administração pública faz pouco caso da data e nem se presta a divulgá-la de forma pró-ativa.

Enfim, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, manutenção preventiva e eficiência energética. Palavras compostas que estão na pauta do dia, não somente aqui no Reparador OnLine, mas também no Rio +20, evento que ocorre esta semana para fazer um balanço do quanto o ser humano ainda tem de evoluir para se tornar uma espécie mais amigável com o meio que vive, tal como faziam os índios na época de Cabral (já fomos mais evoluídos!).

Palavras compostas que somente fazem sentido quando há lucro, pois que empresa aplicaria no seu produto uma matéria-prima muito mais cara do que a outra só porque ela tem maior índice de reciclabilidade? O preço iria às alturas, ficaria fora do mercado, pois o consumidor não está disposto a pagar mais por isso (é o que dizem os especialistas das empresas como desculpa para não utilizar a alternativa economicamente sustentável).

E assim vamos caminhando, em meio à hipocrisia do Salvem o planeta andando de mãos dadas aos executivos de Wall Street, pois como querem salvar o que quer que seja de bolsos vazios? E enquanto uma nova ordem econômica mundial não se estabelece, tentamos sobreviver com o que temos. Dirigimos os carros que nos são permitidos, pelas vias que nem sempre gostamos, e com combustível de primeira qualidade, mas que é preciso ficar de olho.

A semana passada começou com um desafio. Este jornalista participou de evento interessante oferecido pela Audi para mostrar o quanto o carro popular deles é bem em consumo de combustível. Foi o A1 Efficiency Challenge, uma prova que levou 13 duplas de jornalistas a dirigir como pessoas mais maduras de São Paulo ao Rio de Janeiro, em busca do melhor consumo de combustível.

O resumo da ópera: 476,9 km percorridos, com velocidade média de 75 km/h, e pouco mais de 6h de estrada (sem contar o tempo das paradas). Tudo isso resultou em consumo médio medido no computador de bordo do A1 de 20,6 km/l. Há duas considerações importantes a fazer: 1. Este jornalista sabe andar de forma econômica, e 2. A gasolina era Podium, da Petrobras.

Mas Alexandre, o fato de a gasolina ser a mais cara do mercado muda alguma coisa? No A1 e em todos os carros com injeção direta de combustível, sim. Se aliado à injeção direta, houver também turbo, mais ainda. No Gol 1000 Mi, Celta e a grande maioria dos carros convencionais, o ganho é quase imperceptível e não compensa o investimento (mas é sempre bom usar gasolina aditivada para tentar deixar as válvulas sempre limpas).

Depois de dirigir até o Rio de Janeiro, a Audi ofereceu uma palestra na Petrobrás, com o gerente de Desempenho de Produtos em Motores da Petrobras, Décio Magioli Maia, que comentou sobre os benefícios da gasolina Podium em relação às demais disponíveis no mercado.

O recado foi bastante simples: a Petrobras desenvolveu a Podium para que o Brasil pudesse receber carros com motores com tecnologia de ponta, que realmente fosse compatível e permitisse extrair todos os benefícios que esses motores se propõem, quando o assunto é força, consumo e, principalmente, emissões.

Nas palavras de Maia: “A gasolina Podium não traz vantagens extra, ela apenas permite o motor desenvolver todo potencial para o qual foi projetado”. Assim, abastecer um carro com motor de baixa tecnologia agregada, não vai trazer benefícios, enquanto em um Audi A1, por exemplo, permite redução nas emissões de CO, CO2, NOx e HC, se comparado com o uso de uma gasolina comum.

E, para quem pensa que a gasolina brasileira é pior do que a do resto do mundo, preste atenção na figura no alto da página, que mostra a comparação de octanagem dos combustíveis daqui, dos EUA e Europa. A coluna que vale é a última à direita, do indica antidetonante (IAD). Tanto a comum quanto a Premium tem valores de octanas semelhantes no Brasil e EUA, e a Podium da Petrobras é mais forte que a Super Premuim européia. E olha que aqui a gasolina é maltratada com adição de etanol.

Essa aventura serviu para mostrar que apesar de o mundo ainda não ser prefeito, algumas poucas ações tem sido feitas para convencer a todos que é possível chegar lá. Temos muito que evoluir ainda, mas para isso é preciso deixar de lado antigos modelos e começar a pensar em algo novo, que permita a todos o acesso a tecnologia de última geração sem entraves econômicos, sem que haja a velha desculpa do custo elevado, pois ainda não há nada mais precioso do que a vida.

Um comentário

  1. Agora a Petrobras acordou para solucionar os problemas dos motores com a gasolina, vamos ter maior durabilidade e menor consumo, como nos mercados de primeiro mundo

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