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Farol Alto

Negociações entre Sindirepa e seguradoras avançam

terça-feira, 7 de agosto de 2012

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Antonio Fiola, presidente do Sindirepa Nacional e Sindirepa-SP
Já faz tempo que as oficinas que atendem seguradoras estão insatisfeitas por conta da baixa remuneração nos reparos de carros sinistrados (veja aqui matéria publicada em 28 de março sobre o assunto), porém as negociações entre o Sindirepa e as Companhias de Seguro têm avançado, com algumas poucas conquistas.

Entre elas, destacam-se duas: o reajuste anual de valor de mão de obra, e o pagamento de atividades acessórias. “As seguradoras foram unânimes e reconheceram as distorções dos valores por falta de reajuste da remuneração”, afirma o presidente do Sindirepa, Antonio Fiola. Já em relação ao pagamento de atividades acessórias, trata-se de uma série de tarefas desenvolvidas pelas oficinas (elaboração de orçamento, estrutura de atendimento, atendimento técnico, lavagem de dos veículos, entre outras). Algumas seguradoras já concordaram e estão pagando uma verba a título de atividades acessórias, enquanto outras estão estudando o valor e a forma de pagamento. “Até o momento, a Sul América foi a única empresa que acenou não concordar com esta questão”, revela o presidente do Sindirepa.

Em tempo: as condições de remuneração e valores defasados praticados pelo mercado de seguradoras às empresas de reparação de funilaria e pintura de todo o País levaram à insatisfação e até ameaça de paralisação do atendimento a veículos sinistrados nas oficinas.

Diante desse cenário, o Sindirepa Nacional se mobilizou e somou esforços para tentar reverter essa questão, contando com a participação efetiva do Sindirepa-SP que tem um trabalho de 15 anos realizado junto às seguradoras por meio da Câmara de Colisão da entidade que estabeleceu um canal de comunicação com a Fenseg – Federação Nacional de Seguros Gerais.

Para estabelecer um plano de ação, foi realizada assembleia que reuniu empresas de reparação na área de funilaria e pintura, em São Paulo-SP. Na ocasião, ficou definido que seriam realizadas reuniões individuais com as dez principais seguradoras (Allianz, Azul, Bradesco, HDI, Itaú, Mapfre, Marítima, Porto Seguro, Sul América e Tokio Marine).

Reajuste
Fiola lembra que a situação para as oficinas está insustentável. “Para executarmos o serviço de reparação para as seguradoras, assumimos muitas despesas, entre elas, o custo elevado para manter o sistema de software e o orçamentista, valor que pode chegar a R$ 5 mil, e, algumas seguradoras não reajustam a remuneração há cinco anos”, finaliza.

Para Fiola, a conquista do reajuste anual da remuneração mostra que as seguradoras entenderam o pleito do setor e representa o início de uma nova fase do relacionamento entre as duas partes, lembrando que o intuito principal é oferecer qualidade de atendimento ao cliente.

União
Segundo o vice-presidente do Sindirepa, José Nogueira dos Santos, as negociações continuam e a entidade deve ter novidades sobre o assunto nos próximos meses, mas faz questão de lembrar que só a união do setor é capaz de vencer barreiras.

Com a criação do Sindirepa Nacional, questões primordiais para o setor da reparação de veículos, como o relacionamento das oficinas com as seguradoras, podem ser discutidas em vários estados. A entidade representa os Sindirepas dos Estados de SP, MG, RS, RJ, GO, PE, BA e MT.

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