Alexandre Akashi
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Bom, a ideia é simples e revolucionária, pois consiste em
fazer diagnóstico pela internet. Atualmente, o carro chega à oficina e o
reparador pluga um scanner na tomada de diagnóstico, que identifica a central
eletrônica (ECU) e abre um canal de comunicação para saber da ECU o que está
registrado nela.
O scanner é, assim, a interface entre a ECU e o
reparador. A maioria deles faz o ‘arroz e feijão’: questiona a ECU sobre as
informações do motor, os erros registrados etc., e consegue interagir de forma
simples, para apagar os erros e reestabelecer o bom funcionamento do motor.
O segredo é o programa que o scanner roda, que precisa falar a
mesma língua da ECU. É como um chinês que chega a São Paulo e não sabe falar
português. Pode até ser que seja possível algum tipo de comunicação, mas bem
deficitária e com possibilidades enormes de erros de interpretação. Só que
entre scanner e ECU, ou os dois falam a mesma língua, ou não há conversa.
Acabamos de receber a notícia de que há um especialista
brasileiro em eletrônica que está desenvolvendo o primeiro sistema de
diagnóstico por internet. Essa é uma promessa que vai revolucionar o mercado de
reparação automotiva e, vai colocar de vez as oficinas no topo da lista das
empresas que investem em tecnologia.
Com esse sistema, o scanner deixa de ser a interface e passa a
ser um meio de acesso. O programa de diagnóstico estará na internet, em
qualquer lugar do mundo, e a partir de então o carro vai ser parte dessa rede.
Com o programa na internet o diagnóstico do carro pode ser feito
de qualquer lugar. Será possível realizar testes de sensores e atuadores, e
operar verdadeiros milagres. Esta é uma ideia que pode virar realidade em
poucos meses.
Esse é um negócio que até mesmo o dono do carro vai se
interessar, pois ele mesmo poderá realizar testes no carro e, se for um
entusiasta, pode aprender mais a respeito, pois cursos sobre injeção eletrônica
é o que não faltam.
Aos profissionais da reparação, esta é uma possibilidade de se
aperfeiçoar. A cada dia os carros ficam mais tecnológicos, e os sistemas que
são embarcados neles, mais complexos. O motivo: para que o carro quebre menos.
Para que o carro sinalize ao motorista a hora exata de parar, antes que um
problema maior ocorra.
Quem estiver de fora desse movimento está fadado a sair do
negócio de reparação automotiva, pois até mesmo para trocar uma pastilha de
freio atualmente, os modelos mais premium exigem o uso de ferramentas
eletrônicas para abrir as pinças.
Saber trocar peças não é mérito, é obrigação. As fabricantes de
autopeças gastam centenas de milhares de reais todos os anos em cursos e
treinamentos que ensinam a soltar e apertar parafusos. Ninguém nasce sabendo,
mas é obrigado a aprender, a partir do momento que decide entrar na profissão.
Mas para realizar um diagnóstico de qualidade é preciso conhecer
os fundamentos dos sistemas, e entender os sintomas, para não se transformar em
um trocador de peças desnecessárias, pois a cada dia, o dono do carro tem mais
informações e conhece mais um pouco de tudo. E quando do diagnóstico chegar à
internet, vai ser banquete de prato cheio para quem tiver fome de aprender.
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