Boletim 28/2012 – 19 de setembro
Alexandre Akashi
Toyota Etios chega em versões hatch e sedan, com motores 1.3l e 1.5l, com preço a partir de R$ 29.990 |
A semana que passou foi (e ainda está sendo) bastante corrida e
com muitas novidades. No setor automotivo as principais são os lançamentos do
primeiro Hyundai fabricado no Brasil, o hatch compacto HB20, montado em
Piracicaba (SP), e do primeiro compacto popular da Toyota, o Etios, que é feito
em Sorocaba (SP) e chega com motores 1.3l e 1.5l, hatch e sedan.
São dois carros novos e que vão acirrar a briga no segmento mais
concorrido do nosso mercado, dos veículos compactos. O Hyundai ganha por sair
de fábrica com mais tecnologia agregada, apesar do preço superior: o 1.0l de
três cilindros que rende até 80 cv custa a partir de R$ 31.995, e vem com
ar-condicionado, airbags duplos e direção hidráulica.
O motor três-cilíndros do Hyundai HB20 rende até 80cv de potêcia |
O Toyota tem mais motor; o 1.3l de quatro cilindros desenvolve
até 90cv, mas na versão básica, que custa R$ 29.990, tem apenas airbags duplos.
A versão de série com ar-condicionado e direção com assistência (elétrica), é a
X e custa a partir de R$ 36.190.
Ah, Alexandre, mas o Toyota é mais potente. Sim, sem dúvidas,
mas o design do Hyundai deixa as linhas retas e quadradas do Etios no chinelo.
Acredito que os designers da Toyota beberam da mesma fonte dos designers da
Chevrolet quando pensaram em um carro popular de proporção avantajada (vejam
que lindo é o Cobalt). Ambos lembram muito o Renault Logan. Será que custa mais
caro fazer carro bonito?
Bom, gosto não se discute (a mesma frase sem a vírgula também é
válida). E assim acredito que haverá comprador para todos. A Hyundai já
anunciou que em março do ano que vem chega o HB20 sedan para brigar de frente
com o Nissan Versa e Fiat Grand Siena. Ufa! Ainda bem.
O novo Audi A1 Sportback: compacto Premium de quatro portas chega para completar a família |
E, para quem dinheiro é solução, a Audi acaba de ampliar a linha
do compacto Premium A1, com o lançamento do A1 Sportback (de quatro portas), com
122 cv (R$ 94.900) ou 185 cv (R$ 114.900). A mecânica é a mesma do A1 duas
portas; 1.4l 16v TFSI, com transmissão automatizada de dupla embreagem de sete
velocidades.
Interlagos
Além de novidades no mercado de carros zero km, São Paulo sediou
neste fim de semana uma das competições mais legais do calendário internacional
de automobilismo, as 6 Horas de Interlagos, uma versão reduzida das 24 Horas de
Le Mans, a prova mais tradicional do universo automotivo.
Parabéns para a equipe Audi que investiu como gente grande, ao
contrário das demais montadoras que participam da competição mas decidiram
ignorar este evento. Apesar de a vitória nas pistas ter sido do Toyota híbrido,
os Audi R18 e-tron (híbrido) e ultra (diesel), este último pilotado também por
Lucas Di Grassi, foram os verdadeiros chamarizes para o público que compareceu
ao evento.
Evento que contou com a realização de Emerson Fittipaldi,
embaixador brasileiro no mundo inteiro quando o assunto é automobilismo. A
realização de um evento desta categoria no Brasil é tão importante quanto a
Fórmula 1. Tudo bem que falta tradição, afinal este é o primeiro ano do World
Championship Endurance (WCE), mas é um campeonato que conta com uma prova de
mais de 80 anos de tradição (24 Horas de Le Mans, na França).
Foi impressionante ver como andam esses carros protótipos, fonte
de inspiração das montadoras para testar novas tecnologias que pouco tempo
depois passam a equipar os modelos top de linha. Um verdadeiro laboratório,
talvez muito mais do que a Fórmula 1, hoje.
Feira
O astro da transformação de carros velhos em obras de arte Chip Foose |
E para quem pensou que havia acabado, ainda temos a Feitintas
que começou ontem e termina na sexta-feira, 21. Hoje ocorreu palestra de nada
menos do que Chip Foose, o designer das celebridades nos Estados Unidos,
estrela de programas com Rides e Overhaulin, da Discovery Channel, que contou a
história da vida dele, desde o primeiro contato com a customização de veículos,
ainda criança, na oficina do pai, até como foi procurado pela emissora de TV para
estrelar os programas.
Para quem pensa que a vida de Chip Foose foi sempre um mar de
rosas, ele comenta: “Quando comecei a Foose Design, tinha 700 dólares no banco,
minha esposa estava grávida e ainda tinha o financiamento da casa para pagar”.
O começo de carreira, com o mestre em hot rods Boyd Coddington, falecido
astro do programa American Hot Rod, foi, segundo Foose, sem salário e, para
conseguir dinheiro, foi atrás de patrocínio. “Um dia cheguei e disse para o
Boyd: fiz contato com uma empresa que topa pagar um salário para mim e ainda te
pagar 20.000 dólares para colocar a marca deles nos carros que você constrói”,
disse Foose. A sorte sempre esteve ao lado dele.
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