Tecnologia de computação: onde isso nos levará?

Boletim 9/2012 – 7 de maio

Alexandre Akashi

Ferrari 458 Italia: girar a chave, é como apertar o botão ligar do computador

Windows 8 e Windows Phone 8. Dizem que chegam ao mercado em outubro, com algumas novidades interessantes. Quem me alertou sobre isso foi meu grande amigo Amil Cury, que está sempre antenado no que acontece no mundo da tecnologia.

Com o sucesso do iPhone, e o crescente desenvolvimento do sistema Android nos telefones celulares e tablets, achava estranho a Microsoft, estar de fora deste mercado. Mas, parece que agora, com o Windows 8, tudo vai mudar.

O grande problema dos sistemas operacionais (OS) é que a cada nova versão ficam mais complexos e pesados, o que exige maior capacidade de processamento. Em outras palavras, chips mais potentes, com uma, duas, quatro, inúmeras camadas de processamento paralelo e velocidades exorbitantes. Tal como em um automóvel, quanto maior o motor, mais robusto todo o conjunto deve ser.

No centro do painel há um grande conta-giros, e nas laterais duas telas de LCD

Mas, pela conversa que tive com Amil, isso deve mudar no Windows Phone 8, versão para smartphones do OS da Microsoft. Dizem que vai fazer em ‘single core’ o mesmo que outros precisam de’ dual core’ e isso é um avanço incrível. Assim será possível agora usar todo o poder da tecnologia a favor do alto desempenho e da durabilidade dos veículos, além, claro da segurança, e o melhor, com o mesmo hardware.

Outra tecnologia que desponta é a de computação em nuvem, em que toda infraestrutura de tecnologia (TI) fica armazenada em servidores remotos com acesso através de qualquer dispositivo eletrônico. Já acessamos isso via Google, Youtube, Windows Live e outras aplicações via web. Mas o que é importante neste momento é que a informação paira no ar, e é possível acessá-la de qualquer lugar, em qualquer dispositivo (celular, tablet, notebook, desktop, enfim).

O Ford Fusion Hybrid foi desenvolvido em parceira com a
Microsoft; não é à toa que o painel é 100% digital 

Já temos automóveis que rodam com OS Windows, acreditem. Se você tem ou viu uma Ferrari 458 Itália, sabe disso. O painel dela é computadorizado, totalmente digital, e utiliza sistema operacional Windows. Não é o 8, é anterior a ele, mas é Windows.

A Ford já anunciou lá fora parceria para desenvolver veículos híbridos juntamente com a Microsoft e o resultado disso é o Fusion Hybrid que a empresa comercializa no Brasil (entre outros modelos que não vieram para cá). Custa caro, sem dúvidas, mas ele já está disponível.

E não é novidade para ninguém que todas as partes mecânicas de um carro hoje são controladas eletronicamente. Principalmente o sistema de injeção. E cada vez mais, os carros pedem mais poder de processamento para aprimorar e interligar os diversos sistemas que possuem, como os freios, motor, carroceria etc.

As centrais eletrônicas estão, assim, sobrecarregadas. Qual benefício ela teria se utilizasse um sistema operacional que faz o mesmo e consome menos? Qual o benefício que o carro teria se pudesse utilizar da computação em nuvem? O futuro ainda não foi escrito, mas já está rascunhado.