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Farol Alto

Pró-atividade: não espere o cliente entrar

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Boletim 10/2012 – 16 de maio

Alexandre Akashi

Iveco apresenta logo mais o novo semipesado Tector
Nos próximos dias, o Blog Reparador Online vai trazer notícias que os leitores não podem deixar de acompanhar. Este boletim está sendo transmitido da Praia do Forte, na Bahia, onde a Iveco lança o novo Tector, caminhão semi-pesado que traz importantes inovações tecnológicas. Assim que as informações estiverem disponíveis, postarei para vocês.

Nesta semana conversei com meu bom amigo Sergio Torigoe, da Auto Elétrico Torigoe, que me contou o quanto tem atendido empresas de transporte, com pequenas frotas de caminhões leves, para fazer entregas urbanas. O que me impressionou é que se tratam de veículos novos, com poucos meses de uso, mas que necessitam de cuidados especiais.

Um deles, um Iveco Daily 2011, precisou de uma central eletrônica nova, pois o dono do carro o deixou em um lava rápido onde soltaram os terminais da bateria e, na hora de prender, não apertaram os parafusos direito nos terminais. Resultado: ECU queimada. Um detalhe: a Auto Elétrica Torigoe foi recomendada por uma oficina que havia sido recomendada por outra que, por sua vez, foi recomendada pela oficina que o dono da Iveco utiliza normalmente.
Sonho de consumo: SLS 63 AMG
Outro assunto que interessa a não vou trazer em palavras, mas sim em imagens. Aqui cabe apenas uma dica: Asas de Gaivota. Este jornalista teve o privilégio de testar por alguns dias um dos carros mais exclusivos do mundo. E trarei todos os detalhes, em breve. Enquanto isso, acompanhe as imagens que postarei  no blog a partir de sexta-feira.

O recado que quero dar a vocês esta semana é sobre sobrevivência em um mercado cada vez mais competitivo. Nas minhas andanças pelas oficinas tenho reparado que o movimento não está mais tão intenso quanto foi nos anos anteriores, quando a inspeção veicular tomou conta da cidade de São Paulo e provocou uma corrida às oficinas para regular o motor do carro e evitar assim multas por falta de licenciamento.

Isso já era esperado. Afinal, quem regulou o motor do carro no ano passado, e rodou 10 mil km no ano, muito provavelmente não vai precisar de nova revisão este ano. Ainda mais se o carro tem dois ou três anos de uso.

A queda de movimento traz oportunidades que apenas alguns estão preparados para enxergar. A Volare já vislumbrou um pouco isso e a Urba-Brosol, também. O dono da oficina tem tudo na mão para fazer isso, basta ter um pouco de paciência. Estou falando de pró-atividade no serviço de atendimento ao consumidor.

Já foi o tempo em que ganhar dinheiro era tão fácil quanto abrir a porta da oficina, pois a sua era a única do bairro. Agora caminho por ruas que perco a conta de quantas oficinas tem ao longo de dois km de via! Impossível isso, não?

Assim, ficar de braços cruzados não resolve. E o que as marcas citadas acima têm feito? Ido atrás do cliente, oferecendo produtos e serviços diferenciados para que eles se sintam confortáveis em comprar os produtos deles.

No caso da Volare, não sei porque ainda não utilizam a vasta rede de oficinas existentes no Brasil para oferecer suporte técnico aos clientes. Tudo bem que os veículos que produz tem perfil urbano, rodam, na maioria, dentro das cidades e raramente são usados em percursos intermunicipais ou interestaduais. Assim, com uma rede já instalada, basta proporcionar o socorro remoto.

As oficinas de uma determinada região podem se unir em grupos para atender melhor todos os clientes ao redor. Conheço casos de pessoas que viajam 100 km, 200 km, até 500 km para levar o carro em uma determinada oficina. Por que? Porque lá recebe o tratamento que acha justo.

Nem todas as oficinas estão preparadas para atender os mais variados tipos de carros existentes. Em um mundo perfeito, o carro não quebra, e se isso ocorrer, a montadora tem um representante que busca o carro dele no local, faz a manutenção e devolve. Se possível, nem leva o carro para a oficina, conserta no local.

Este talvez seja um caminho: consertar no local. 90% do problema do veículo é possível resolver com um bom diagnóstico e, para saber fazer diagnósticos corretamente é preciso estar preparado tecnicamente, e também ter vivência. Um problema que ocorre com frequência é facilmente identificado.

Assim, vale a pena repensar a forma como você trabalha, os clientes que você atende, o tipo de carro que você conserta. Comece a levantar as informações sobre a sua oficina, os seus clientes, os problemas que eles te trazem para resolver. Pode ser que você esteja caminhando para um lado, quando na verdade deveria ir para outro.

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