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Farol Alto

Autoridades fecham o cerco contra produtos de procedência duvidosa

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Boletim 02/2011 – 5 de setembro de 2011

Alexandre Akashi

Foi com bastante alegria que recebi a notícia de que o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) tem autuado lojas e centros automotivos que insistem em oferecer ao consumidor produtos fora de especificação legal, ainda que eles se resumam apenas aos catalisadores.

Segundo informativo recebido, a autarquia, que é vinculada à Secretaria da Justiça, realizou fiscalização na região da Grande São Paulo e nas cidades de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos e São José do Rio Preto, e atuou 23 estabelecimentos por comércio de catalisadores automotivos irregulares.

No total, foram vistoriadas 75 empresas em três dias de operação e, de acordo com o superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula, este tipo de fiscalização será rotineira uma vez que a regulamentação do produto é recente. “Vamos continuar de olho no mercado para tentar reduzir a zero a venda de catalisadores falsos”, diz.

As empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa e, após esse período, será definida multa entre R$ 100 e R$ 50 mil, dobrando na reincidência.

A ação do Ipem é imprescindível, assim como a do consumidor e também do reparador, de alertar as autoridades sempre que presenciar alguma irregularidade, não apenas com catalisadores, mas com qualquer outro componente.

O comércio de peças de procedência duvidosa é prejudicial a saúde e também ao bolso e à reputação. Imagine que um cliente chegue à oficina com um pacote de peças que só de olhar dá repulsa e insiste para você aplicar no carro dele. Se um acidente acontecer por causa deste componente, saiba que a primeira pessoa ser responsabilizada será o instalador.

O cliente questionará: “Se você sabia que não prestava, por que instalou?” E, só depois que você conseguir provar que o fez por insistência do dono do carro (se é que vai conseguir), é que ele vai buscar justiça com quem vendeu a peça. E este, muitas vezes, já sumiu do mapa.

O reparador deve, então, ficar atento, pois não é somente catalisadores que estão na mira dos falsários e maus empresários, que só visam o lucro. Outros tipos de componentes também são alvos de pirataria e, pior do que isso, de procedência duvidosa, pois falta ainda ao nosso país regras claras sobre qualidade mínima. Em outras palavras, pode tudo.

Para isso, um forte movimento pró certificação tem sido realizado por entidades e associações do setor automotivo, tal como ocorreu com brinquedos e medicamentos, para garantir um padrão básico de qualidade ao consumidor. Esta é uma bandeira que as oficinas e profissionais de reparação também deve sustentar, pois interfere diretamente no resultado do trabalho.

Somente para ressaltar, a legislação Conama (resolução nº 282) indica que desde o início de abril deste ano, só podem ser comercializados no mercado de reposição catalisadores com o selo do Inmetro, para garantir assim que o produto possui os requisitos estabelecidos por normas e os regulamentos técnicos vigentes.
Em caso de dúvidas, é possível consultar o site do Inmetro http://www.inmetro.gov.br/qualidade/empresas_convCatalitico.asp, que dispõe da lista de fabricantes que passaram por processo de avaliação e foram aprovados pelo órgão por seus produtos estarem em conformidade. O selo é estampado na própria peça para facilitar a visualização e fiscalização.


Boas novas
Posse – O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva realizou em São Paulo cerimônia de posse da diretoria para o biênio 2011-2013. Marcio Migues, da Renault, continua na presidência da Diretoria Executiva, enquanto Sergio Pin, da Schaeffler, foi eleito presidente do Conselho Diretor. Em discurso, o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, membro do Conselho Diretor, enfatizou a necessidade de montadoras e reparação independente andarem junto, principalmente agora com a conquista da certificação compulsória para componentes de segurança comercializados no mercado de reposição.

A cara da Dayco – A Dayco iniciou uma nova campanha de relacionamento com o mercado de reparação e reposição independente, do distribuidor ao mecânico, com objetivo de divulgar a empresa, mostrar as vantagens da marca e quais os principais produtos e serviços oferecidos, além de informar e conscientizar sobre a importância da manutenção preventiva. Como apoiadora da ideia, a empresa busca levar informação com relação à troca conjunta de tensionadores e polias quando efetuada a troca da correia dentada. O conjunto funciona melhor, evitando retrabalho para o mecânico, desgaste de peças e maiores gastos financeiros para o dono do veículo.

Inspeção Ambiental em debate – O Sindirepa-RS realizou no dia 1º de setembro o I Fórum de Debates Sindirepa-RS, para discutir os benefícios da inspeção ambiental veicular no RS. Para tanto, reuniu autoridades de órgãos públicos e representantes de entidades do setor de reparação automotiva, dirigente do Sindipeças (GMA - Grupo de Manutenção Automotiva – Carro 100%) e o presidente da Controlar, empresa que administra o serviço de Inspeção Ambiental Veicular na cidade São Paulo, com objetivo mostrar os resultados e a experiência da Inspeção Ambiental na cidade de São Paulo que concentra mais de 20% da frota circulante nacional, o que representa 7 milhões de veículos do total de 32,5 milhões, segundo levantamento do Sindipeças.

Antiembaçante – A Saint-Gobain Sekurit apresentou o primeiro para-brisa antiembaçante para ônibus produzido no País, que foi desenvolvido ao longo dos dois últimos anos e lançado em 2010, como equipamento opcional para o Novo Uno, da Fiat. A empresa conta que simultaneamente, a equipe de engenharia desenvolveu o produto para aplicação em ônibus e assim acaba de anuncia que já pode dar início à produção nas novas instalações da empresa, em Mauá, SP. O produto foi exibido durante a Transpublico 2011, realizada no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Reposição em 2 Rodas – A Cobreq, marca da TDM Friction do Brasil, anuncia que já disponibiliza para o mercado de reposição as pastilhas e patins de freios da Honda NXR 150 Bros 2012, modelos off road com motorr flex (etanol/gasolina), que somente nos sete primeiros meses do ano vendeu 114.000 unidades. Disponível em dois modelos, a NXR é vendida com freio a disco dianteiro de 240 mm (modelo ESD) ou a tambor de 130 mm (modelos KS e ES). Na traseira, o freio é a tambor de 110 mm. Para a reposição, a TMD/Cobreq disponibiliza a pastilha do freio a disco e o patim do freio traseiro.

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