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Farol Alto

Diagnóstico de motor Ciclo Otto: vácuo, pressão e tensão

terça-feira, 5 de julho de 2011

Apesar de toda eletrônica embarcada, o princípio de funcionamento do motor a combustão interna Ciclo Otto ainda é idêntico ao dos primeiros automóveis: uma mistura de ar (oxigênio), combustível (gasolina) somada a uma faísca, para causar uma explosão dentro de uma câmara fechada, que movimenta o cilindro, que empurra o virabrequim.

Assim, três elementos são básicos para o bom funcionamento de um motor: admissão de ar, injeção de combustível e uma faísca. E, aqui, temos então, três sistemas que operam de forma independente, mas com um objetivo em comum. Se qualquer um destes sistemas estiver com problema, o motor perde rendimento e podem ocorrer defeitos como falhas, aumento de consumo, redução de potência, entre outros.

Na admissão de ar é preciso estar atento aos valores de vácuo, pois nos motores aspirados, o ar é chupado para dentro da câmara de combustão, pelo movimento dos cilindros. Assim, se a medição de vácuo não estiver dentro dos parâmetros ideais, pode ser que o motor esteja com algum tipo de má vedação (anéis de cilindros, juntas, válvulas etc.).

E o que acontece quando entra menos ar do que o normal? o carro fica fraco, pois há menos oxigênio para queimar o combustível. Resultado: maior consumo. Outro item que pode prejudicar a entrada de ar é o filtro muito sujo. Por isso é recomendada a troca a cada 10.000 km, pois apesar de não parecer, um filtro novo pode melhorar em muito o desempenho e performance do carro.

Injeção eltrônica
Atualmente, os carros possuem injeção de combustível eletrônica, o que significa que existe um computador que calcula a quantidade exata de combustível que deve ser injetado na câmara de combustão. Este computador diz ainda quanto tempo a válvula injetora deve permanecer aberta e em qual sequência, uma vez que a maioria dos automóveis possui mais de um cilindro.

Mas, para que funcione de forma correta, a bomba de combustível deve estar em ordem e manter a linha pressurizada no valor correto (entre 3 a 4 bar, dependendo do veículo, no caso de injeção indireta). Se estiver danificada e não conseguir manter a pressão na linha, haverá falta de combustível na câmara de combustão, o que resulta em perda de potência. O carro não anda e, se andar, fica fraco.

Assim, é importante medir a pressão da linha de combustível para saber se a bomba está em perfeito estado de funcionamento. Além disso, verifique o filtro de combustível, pode ser que esteja entupido. Outro problema que costuma ser frequente é o aparecimento de crostas de carbono em volta dos bicos injetores, que apesar de não entupir por dentro, podem ter o funcionamento prejudicado por esta sujeira que se acumula o redor da saída de combustível.

A forma mais fácil de prevenir esta situação é utilizando combustível de qualidade, uma vez que o acúlumo de carbono geralmente ocorre com gasolina adulterada com solventes e outras substâncias. De qualquer forma, em uma revisão, é sempre aconselhável verificar o estado dos injetores e, quando constatado problemas, sugerir a troca como melhor solução.

Atualmente, já não é mais aconselhável a limpeza por ultrasom, pois pode ocorrer descalibração do bico injetor, uma vez que os componentes internos são extremamente sensíveis e podem ser danificados pela máquina ultrasom. Existe ainda a opção da limpeza por produtos químicos, mas esta é uma alternativa que deve ser aplicada com critérios.

Faísca
Para ter faísca, são necessários diversos componentes, sendo o primeiro deles uma bateria. Assim, o primeiro passo na revisão de um sistema de injeção eletrônica é medir a tensão da bateria. Com menos de 12 volts, pode ocorrer de a faísca na vela não ser suficiente para uma boa queima. Visto isso, parte-se para a revisão de outros componentes, como as velas, os cabos de velas e a bobina.

É recomendável medir também a tensão de alimentação do módulo de injeção, pois se não estiver ok, pode causar falhas de processamento e, aí, outros problemas podem aparecer. É preciso lembrar, no entanto, que com o advento da injeção eletrônica, o sistema tende a se auto ajustar para que o carro obtenha o melhor rendimento, em cada situação, e para isso existe um componente chamado sensor de oxigênio. Mas isso é assunto para outra história.

Por enquanto, fica a lição: antes de espetar o scanner e achar que ele é o salvador da pátria, lembre-se dos princípios fundamentais do funcionamento de um motor a combustão interna: ar, combustível e faísca, e meça, respectivamente, os valores de vácuo, pressão da bomba de combustível e tensão da bateria. Se apenas um destes valores estiver fora do normal, nem precisa de scanner, basta fazer a manutenção no sistema defeituoso e pronto.

4 comentários

  1. e sobre osciloscópico o que voce me fala; é muito dificil entender esse metodo.Pois estou querendo comprar um scanner com osciloscopico embarcado nele, mas nao sei usa-lo. Qual é o seu conselho.

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  2. Diogo, todo bom fabricante de equipamento disponibiliza aos clientes cursos e treinamentos de como utilizá-los. Assim, antes de fechar negócio, recomendo perguntar para o vendedor se eles oferecem um curso sobre técnicas de diagnóstico com uso do osciloscópio.

    Uma alternativa é buscar um treinamento particular, como os oferecidos pela Escola do Mecânico, por exemplo, antes de comprar o aparelho.

    Agora, o mais importante é você verificar se na atividade do dia-a-dia fará uso do equipamento antes de investir na compra, pois se for comprar para deixar guardado, não vale a pena, correto?

    Espero ter ajudado. Grande abraço!

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  3. Motor g6 puxa vacuo pela tampa de abastecimento de óleo

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  4. Boa noite gostaria de uma ajuda urgente meu carro e um cruze estou com problema sério já passei escanear 3 vezes e da mesmo problema cód p0016 ninguém conseguiu consertar o carro não desenvolve ,está sem força ,parece pesado agora por último liga e não anda

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