A fabricante de microônibus Volare, pertencente ao Grupo Marcopolo,
acaba de lançar a linha 2013 dos veículos das linhas V (V5, V6 e V8) e W (W8 e
W9), com motorização que atende a nova legislação Proconve P7, similar ao Euro
5.
Os modelos da linha V saem de fábrica com motor quatro
cilindros Cummins ISF 3.8, de 152 cv de potência a 2.600 rpm e torque máximo de
450 Nm a 1.500 rpm. Já os da linha e W têm motor quatro cilindros MWM MAXXFORCE
4.8, de 165 cv a 2.200 rpm e torque máximo de 600 Nm de 1.200 a 1.300 rpm.
Ambos modelos adotam tecnologia SCR, com catalisador e
tanque de uréia (Arla 32). De acordo com a empresa, em breve haverá também a
opção com motores Mercedes-Benz. Visualmente, não houve alterações nos
veículos, com exceção da grade dianteira, que agora tem estrutura em colmeia.
Aos reparadores cabe então o alerta: os veículos diesel
com sistema de pós-tratamento SRC já estão nas ruas, uma vez que a Volare acaba
de anunciar que já entregou 100 unidades dos novos veículos aos clientes, que
na grande maioria adquirem os veículos no varejo (pequenas quantidades).
Com 110 concessionárias com postos de serviços, a Volare
detém 60% do mercado de microônibus no Brasil, com vendas médias anuais de
4.700 unidades. Isso significa que até o fim deste ano, existe a possibilidade
de haver cerca de 4 mil veículos Euro 5 da marca em circulação no País.
Assim, já é um bom negócio para o reparador se atualizar
a respeito deste novo sistema, pois apesar de interferir somente nos gases de
escape, os fabricantes de motores realizaram diversas alterações nos projetos
dos propulsores, que ficaram mais eficientes e entregam agora mais torque e
potência, em relação aos anteriores.
Além disso, há novas situações, como a necessidade de
abastecimento com diesel com menor teor de enxofre, o S-50 (até então, o diesel
nas regiões metropolitanas era o S-500 e, no interior, S-1800, com 500PPM e
1800PPM de enxofre – PPM=partes por milhão).
O abastecimento de veículos Euro 5 com enxofre S-500 ou S-1800
não chega a danificar o motor, mas ele perde todos os benefícios para o qual
foi projetado (mais torque, potência, maior distância entre manutenções, economia
de combustível – fala-se na ordem de 8% a 12%, e consequente redução no nível
de emissões).
Além de perder os benefícios, será preciso atenção na manutenção do veículo, com atenção ao sistema de pós-tratamento, que tende a se deteriorar com maior rapidez. Assim, se um carro desses aparecer na sua oficina, a primeira pergunta que deve ser feita é sobre a qualidade do combustível utilizado. Dependendo da resposta, meio caminho do problema já pode ser solucionado.
Ficha técnica modelos V |
Ficha técnica modelos W |
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