Boletim 09/2011 – 25 de outubro
Alexandre Akashi
Começou ontem e se estende até sexta-feira, dia 28, a
Fenatran 2011, o Salão do Automóvel para caminhões e toda sorte de
veículos comerciais, diesel ou ciclo Otto. As grandes estrelas são os pesados e
extra-pesados, que custam centenas de milhares de reais, e carregam maior parte
da produção brasileira de norte a sul, oeste a leste, nordeste, enfim, todas as
direções.
Mas este ano a grande novidade da feira são os motores e
a tecnologia por trás do Euro 5, que passa a valer a partir de janeiro do ano que vem. Quem quiser
comprar Euro 3, tem até 31 de março de 2012 (ou enquanto durarem os estoques
das concessionárias, pois em 1º de janeiro estes modelos deixam de ser
fabricados), depois disso, só Euro 5, que são, mecanicamente, muito diferentes.
Os motores para Euro 5 são mais potentes e segundo os
fabricantes prometem fazer a mesma quilometragem com menor consumo de
combustível, desde que seja o diesel certo, o S 50. Funcionam com o diesel
atual, S 500 ou S 1800, mas perdem todas as vantagens de consumo e redução de
emissões. E, se o diesel errado for usado por muito tempo, chega a ativar os
sistemas de proteção do motor.
Os sintomas do uso prolongado do diesel errado são perda
de potência e uma luz acesa no painel: a LIM bastante conhecida dos mecânicos
de automóveis de passeio, principalmente quem está acostumado com veículos
convertidos a GNV. Uma vez acesa, o motorista pode rodar sem problemas durante
algum tempo, mas se insistir, a ECU vai cortar potência do motor para obrigá-lo
a parar e fazer a correta manutenção.
Nos motores de grande potência, o Euro 5 chega com a
solução SCR, que adiciona um tanque de uréia (Arla 32) ao sistema de escape,
assim como sensores de gases que monitoram as emissões e controlam a quantidade
de uréia que deve ser aplicada para reduzir as emissões.
Os fabricantes falam em consumo de uréia em torno de 5%
por litro de combustível e as montadoras já anunciaram que vão disponibilizar o
Arla 32 na rede concessionária. Com certeza será um item a mais a ser revisado
a cada parada, pois a ausência do produto também causa o acendimento da LIM.
Já nos motores menores, de alta rotação, que equipa as
picapes, os furgões e as vans, a solução para atender a norma é o EGR
(recirculação de gases). Ela já é adotada em alguns veículos, assim não será
grande surpresa para os reparadores acostumados com esta tecnologia. Ocorre que
os limites ficaram mais estreitos, assim a manutenção no sistema deve ser mais cautelosa.
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