Boletim 12/2011 – 21 de novembro
Alexandre Akashi
O gaúcho Luis Alberto Flores da Silva Jr., chefe de
oficina da concessionária Sun Motors, da Kia no Rio Grande do Sul, é um dos
seis melhores reparadores da rede Kia na América Latina, e vai para a Coréia do
Sul em maio do ano que vem participar do campeonato mundial organizado pela
montadora para descobrir quem é o melhor reparador de carros da marca.
Luis Alberto ganhou o direito de representar o Brasil na
Coréia depois de se classificar entre os seis primeiros colocados na etapa
regional do Kia Skill Cup, realizada na semana passada na sede da Kia Motors do
Brasil, em Itu, interior de São Paulo. Na ocasião, competiu com outros 12
participantes de oito países da América do Sul e Central. Mas, para chegar a
esta etapa, participou da nacional, realizada em agosto, também em Itu.
Durante a realização das provas, teóricas e práticas,
Luis Alberto se demonstrou tranquilo, e bem focado nas tarefas. “Não está
difícil”, comentou entre um exercício e outro. Ao todo, foram aplicados cinco
testes: uma prova escrita, com 40 questões, e quatro provas de habilidades
práticas, em modelos atuais da marca, para determinar o nível de conhecimento
sobre os sistemas elétrico, motor e chassis, além de informática.
Bons técnicos
O Kia Skill Cup é um bom exemplo de valorização da mão de
obra técnica e que deve ser copiado por todos os empresários que atuam no setor
e tem interesse de reter os talentos. Apesar de estar no Brasil há pouco tempo,
a Kia já percebeu que não é apenas remuneração que segura o funcionário, mas
reconhecimento, recompensa e bom ambiente de trabalho andam juntos.
Ao promover o Kia Skill Cup oferece aos reparadores da
rede muito mais do que reconhecimento; mostra que a marca quer conhecer as
pessoas com talento natural para a profissão. Uma conversa rápida com Luis
Alberto foi suficiente para saber o nível de contentamento dele com a marca.
“Dono de carro é doido para trazer problema cabeludo para
a oficina. Qual foi o mais cabeludo de todos que você já viu ao longo dos 9
anos de Kia que você tem?”, questionei ele.
A resposta: “Ah, traz um monte de problema cabeludo, sim,
mas quanto mais, melhor, porque eu adoro um desafio! Quando pego um, fico até
animado.”
Em outras palavras, ele veste a camisa da empresa. Disse até
que tem um carro da marca, dos mais antigos. Conquistar a confiança de um
colaborador desta forma é importante para qualquer empresa que tem a pretensão
de se manter no mercado. E, em um mercado competitivo como o automotivo,
inclusive no setor de reparação, faz a diferença.
Os executivos da Kia no Brasil pensam de forma correta: o
pós-vendas fideliza o cliente. Não adianta ter um excelente produto e vender
uma única vez, pois chega um momento em que a marca terá de vender novamente
para o mesmo cliente e ai, se ele não tiver tido uma boa experiência, não volta.
Nas oficinas independentes isso também acontece. Não basta
consertar o carro do cliente. Ele é preciso ficar surpreso com o trabalho
executado. Ofereça sempre algo mais do que o cliente pediu. Afinal, ao entrar
na oficina, normalmente o dono do carro está descontente, pois o carro quebrou
ou precisa parar para fazer manutenção preventiva, o que muitas vezes é um
transtorno.
Evitar o transtorno é o trabalho do reparador moderno. Seja
ele qual for. É assim que se fideliza clientes. É assim que se fideliza
colaboradores. Hoje, mais importante do que conquistar novos clientes é manter
o que já possui. Pois estes você conhece, sabe que são bons, não dão dor de
cabeça.
E, com a onda de falta de mão de obra qualificada no mercado,
manter um bom colaborador é fundamental para a fidelização do cliente, além de
todo o custo que implica na substituição, principalmente com treinamento.
Assim, promova sempre um ambiente competitivo saudável, com premiação para os
melhores e acima de tudo, a equipe inteira, como um todo, pois muitas vezes, a
soma dos vários colaboradores é que faz da oficina a melhor do mundo.
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