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Farol Alto

Se há norma, por que não seguir?

quarta-feira, 9 de novembro de 2011


Boletim 10/2011 – 31 de outubro

Alexandre Akashi

No início desta semana o Conarem, por meio da assessoria de imprensa, divulgou nota a imprensa com o seguinte título: Licitação Pública para contratação de serviços de retíficas de motores vai adotar a norma ABNT NBR 13032.

Muito boa esta notícia! Oras, se há norma, por que não seguir? Finalmente a administração pública está abrindo os olhos. No boletim, o Conarem informa que os editais para licitação de contratação de serviços de retificas de motores para órgãos públicos adotará os requisitos determinados pela norma, que estabelece os padrões e processos para este tipo de reparo.

A medida foi sugerida pelo Conarem. E por que? Para que haja concorrência legal e leal entre as empresas do segmento. A norma equilibra o padrão de qualidade dos serviços a um nível básico, muitas vezes não muito alto, mas que garanta ao consumidor uma segurança na hora de contratar um serviço ou adquirir um produto.

Segundo o presidente do Conarem, José Arnaldo Laguna, esta “é uma de forma de exigir, no edital, a qualificação das empresas para a execução dos serviços, oferecendo segurança e minimizando prejuízos, além de regularizar o mercado”, diz no informativo.

A ABNT NBR 13032 foi atualizada em 2008, e garante a qualidade da retífica em motores ao estabelecer todos os procedimentos necessários para execução dos trabalhos, bem como determina requisitos sobre qualificação profissional da mão de obra e os equipamentos e instalações necessárias.

Assim, uma das formas de participar das licitações será exibindo certificado de garantia do serviço executado, de acordo com a norma ABNT NBR 13032. Segundo o Conarem, hoje a entidade possui uma rede nacional de retíficas formada por 150 empresas de todo o País. Para estas, o Conarem disponibiliza um banco de dados com informação técnica de mais de 3.300 motores, disponíveis para consulta no site: www.conarem.com.br.

B2B
Em muitos setores da economia, onde empresas fazem negócios com outras empresas (o chamado B2B, do inglês business to business), a exigência de certificações de garantia são muito comuns, sendo que muitas acabam sendo desclassificadas do processo de seleção justamente por não apresentar nenhum tipo de certificado, mesmo que tenha anos de experiência.

Isso ocorre pois no mundo corporativo, pagar menos nem sempre é vantagem. Vantagem mesmo é comprar um serviço e produto de qualidade com que se pode contar e que trabalhe a favor da empresa. Gastar pouco e não produzir nada é muito mais prejuízo do que gastar muito e produzir com a eficiência programada.

No caso das oficinas, o dono do carro que só pensa em economizar centavos é o mesmo que vai passar horas apreensivo com a manutenção do veículo e só vai encostá-lo na oficina quando não houver mais jeito. A moral desta história é que há clientes e oficinas para todos os gostos e bolsos.

Se você é daqueles que investe em tecnologia, capacitação da mão de obra e em uma certificação de qualidade, não pode concorrer de igual com aqueles que somente vendem preço e jeitinho. Então, o cliente que busca preço e jeitinho deve ir ao local certo para ele. Com certeza, o carro dele é aquele de manutenção cara e difícil de mexer, sem peças disponíveis no mercado e com preço muito alto.

O risco de levar um calote é alto. Em poucas palavras, sinônimo de dor de cabeça. Seu negócio precisa desse tipo de cliente?

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