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Farol Alto

Fabricante de motor diesel registra recorde de produção em 2011

quinta-feira, 29 de março de 2012

Motor Euro 5 com sistema de pós-tratamento SCR

Com mais de 112 mil motores diesel produzidos em 2011, os diretores da Cummins poderiam estar rindo à toa, mas demonstraram certo ar de preocupação nesta quinta-feira, 29, ao apresentar para a imprensa o balanço de desempenho da empresa em 2011. Isso porque as expectativas são de queda de produção, uma vez que o ano passado foi um ano excelente para e companhia, com quebra de recorde de produção e também de faturamento, na ordem de US$ 1,9 bilhão.

O menor ritmo tem explicação: o início de vigência da legislação Proconve P7 (similar ao Euro 5, na Europa), cujas vendas começam oficialmente agora, a partir de 1º de abril. “Já esperávamos este desaquecimento”, informou o presidente da Cummins Brasil e vice-presidente da Cummins Inc., Luis Afonso Pasquotto.

Luis Pasquotto,
presidente da Cummins
do Brasil
Faz sentido uma vez que a nova tecnologia encareceu o produto final além de ainda ser dúvida para muitos frotistas. Apesar disso, o mercado deve se recuperar logo, pois com uma Copa do Mundo em 2014 e uma Olimpíadas em 2016, o setor de construção civil deve impulsionar as vendas de máquinas com motores diesel nos próximos meses.

E tem mais: quem comprou Euro 3, comprou. Quem não comprou, vai comprar usado (leia emplacado) ou compra Euro 5, porque a partir de segunda –feira, 1º de abril, zero Km só modelo novo. Se alguém ainda tem dúvidas sobre disponibilidade de combustível S-50 (com 50 ppm de enxofre) ou Arla 32 (agente redutor líquido automotivo) necessário para a redução catalítica dos sistemas de pós-tratamento, pode ficar tranquilo, é o que dizem os fabricantes, pois o caminhão Euro 5 funciona com diesel S-500 ou S-1800, só não vai oferecer as mesmas vantagens ambientais nem econômicas, e vai precisar de manutenção com mais frequência, para evitar problemas.

E, para isso, os veículos Euro 5 contam com novo sistema de diagnóstico eletrônico, o OBD-Br2, que entre outros recursos tem agora a lâmpada de mal funcionamento (MIL), comum já nos carros de passeio. Mas nos comerciais, vai funcionar como limitador, uma vez que o prejuízo de um motor diesel é maior. Uma vez acesa, o motorista tem 48 horas para buscar assistência técnica, do contrário na próxima partida o motor funciona com redução de potência, que permite apenas o deslocamento até uma oficina.

Assim, pode ser que 2012 não seja tão bom quanto foi 2011 para a Cummins do Brasil, mas com certeza não será tão ruim quanto foram os dois primeiros meses deste ano, que praticamente não houve produção, uma vez que os estoques das montadoras estavam cheios de veículos Euro 3 para vender nos três primeiros meses do ano, fruto do recorde de produção do ano passado.

Vistoria eletrônica em xeque

quarta-feira, 28 de março de 2012

O presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola,
luta pra que a mão de obra das oficinas seja
melhor remunerada pelas seguradoras
Criado para agilizar processo, a vistoria eletrônica de carros sinistrados pode estar com os dias contados. De acordo com o presidente do Sindirepa-SP (Sindicato da Indústria de Reparação de Veículos e Acessórios do Estado), Antonio Fiola, o problema é a falta de reconhecimento que as seguradoras dão ao sistema.

“O problema que as oficinas enfrentam é o alto custo para manter essa operação que, sem dúvida, revolucionou todo o procedimento de vistoria. O ideal seria que as seguradoras fizessem uma reavaliação e remunerassem as oficinas por esse serviço, o que não acontece hoje”, afirma Fiola.  

A história é a seguinte: antigamente, quando o carro batido ia para a oficina, a seguradora enviava um profissional para vistoriar e liberar o serviço. Esse trabalho gerava custo e demandava tempo para a seguradora. Hoje, com a vistoria eletrônica, o ônus é todo da oficina, que produz imagens do carro, monta o orçamento e envia todos os dados via software para a seguradora, que analisa e libera o serviço.

“Atualmente, o valor da hora da mão de obra por carro está entre R$ 20,00 e R$ 50,00. Algumas seguradoras não reajustam a remuneração há cinco anos e que, para manter o sistema de software, o dono da oficina desembolsa aproximadamente R$ 1.000,00 por mês, além do salário do orçamentista que gira em torno de R$ 3 mil a R$ 4 mil, fora encargos”, revela Fiola.

O presidente do Sindirepa-SP conta que a entidade tem buscado as seguradoras nos últimos dois anos para tentar reajustar o valor da hora da mão de obra por carro pago pelas companhias às oficinas. “Como não houve acordo para garantir o reajuste da remuneração, fica inviável para as empresas de reparação arcarem com as despesas de manutenção do software e do profissional especializado para executar o serviço. Temos um custo mensal altíssimo para manter esse serviço que facilita muito as operações e o processo de liberação pela seguradora dos veículos sinistrados”, explica Fiola.

Assim, a partir de abril, as oficinas de funilaria e pintura que realizam o serviço de vistoria eletrônica pretendem suspender esse trabalho, o que aumentará em três dias o tempo da permanência do veículo nas oficinas. Atualmente, veículos sinistrados ficam, em média, 10 dias para que o reparo seja feito.


No Brasil, estima-se que existem duas mil oficinas com esse programa e a suspensão terá inicio no Estado de São Paulo, mas poderá ser estendida para outras regiões.  “A insatisfação do empresário que atua no segmento de funilaria e pintura é geral e essa questão já tem sido amplamente discutida com os Sindirepas de outras regiões”, afirma Fiola.

O presidente da entidade revela que a área de colisão da reparação vem sofrendo achatamento e perda de rentabilidade ao longo dos anos e compara a relação entre as oficinas e as seguradoras com a dos médicos e planos de saúde. “Ficamos de mão atadas sem saber o que fazer e não queremos prejudicar o consumidor até porque dependemos  dele para manter o nosso negócio”,  enfatiza.

Hoje, 80% do faturamento das mais de 600 oficinas de funilarias e pintura do Estado de São Paulo que possuem o sistema de vistoria eletrônica advêm dos serviços executados por veículos com seguro.

Bingo!

terça-feira, 27 de março de 2012

Boletim 3/2012 – 27 de março

Alexandre Akashi

Os diretores da Veroar, Luiz Santo (técnico comercial),
e Vivian Montovaneli (comercial)
O título desse boletim não podia ser outro. Na semana passada, fui convidado para conhecer, com exclusividade, o Veroar, produto de higienização de ar-condicionado utilizado nas oficinas com bandeira Porto Seguro. E bingo! Foi muito interessante.

Produtos deste tipo existem dezenas no mercado, cada um com uma tecnologia própria (ou não), desenvolvido em laboratórios, testados e liberados para comercialização pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Mas o Veroar tem pequenas peculiaridades que me chamaram atenção e merecem destaque neste boletim.

A primeira é que ele não foi desenvolvido para usar em automóveis, o que significa que é um estranho no ninho entre todos estes produtos que estão no mercado. A segunda é que quem o desenvolveu sempre foi ligado na indústria de cosmético, e isso faz muita diferença quando o assunto é aroma.

O proprietário da oficina Delfos, na Vila Mariana,
Arquimedes Alves, aplica Veroar no filtro de cabine
Pois bem. De acordo com o diretor técnico comercial da Verar, Luiz Santo, o produto foi desenvolvido para uso em sistemas de ar-condicionado predial, aqueles de grandes centrais com dutos de aço que nos filmes as pessoas entram para se esconder dos bandidos ou surpreendê-los em uma emboscada.

Santo conta que na época foi lhe posto um desafio: fazer um produto que limpava o sistema de ar-condicionado, e ao mesmo tempo removesse odores e perfumasse o ambiente. Pronto. Nasceu o Veroar, produto muito usado nos bingos do Brasil inteiro, pois eliminava e perfumava o cheiro do ambiente, normalmente fechado, sem ventilação, em que a grande maioria dos freqüentadores era fumante. Já sentiu o cheiro de cigarro depois que ele impregna no carpete?  A demanda era enorme.

Um dia, Santo foi convidado a fazer manutenção no sistema de ar-condicionado dos escritórios da Porto Seguro, e um novo desafio lhe foi lançado, por um dos diretores. Remover o cheiro de cigarro do carro dele, que era fumante mas detestava o cheiro de cigarro (como grande parte dos fumantes). “Ele ficou tão satisfeito que homologou o Veroar para ser aplicado em toda rede de oficinas credenciadas Porto Seguro”, conta Santo.

Aplicação do Veroar nos dutos de ar deve
ser feita com ajuda de ar-comprimido
Atualmente, mais de 150 oficinas em diversas cidades do Brasil utilizam o Veroar, muitas delas credenciadas Porto Seguro, como a Delfos Centro Automotivo, de propriedade de Arquimedes Alves, um jovem empreendedor de 29 anos, que ingressou no universo da reparação automotiva como funcionário da Porto Seguro e atualmente dirige uma empresa com oito mecânicos, com média mensal de atendimento de 150 carros, e capacidade para ampliar até 250.

 Arquimedes conta que desde a abertura da oficina ele utiliza Veroar no carro dos clientes. Como estratégia de negócios, retira o filtro de cabine do ar-condicionado de todos os veículos que entram na oficina para fazer manutenção, e o deixa exposto para mostrar ao cliente, que decide na hora de retirar o veículo se faz ou não a higienização do sistema, com troca do filtro.

“Esta é uma vantagem do Veroar, pois em 15 minutos realizo o serviço e entrego o carro para o cliente, que pode sair na hora com o ar-condicionado funcionando”, afirma Arquimedes. “Os demais produtos que conheço exigem meia hora de aplicação e mais duas horas de descanso até ligar o ar-condicionado novamente”, diz o reparador.

Outra vantagem destacada pelo aplicador é o rendimento do produto. “Com um frasco de meio litro, faço até 15 veículos”, diz Arquimedes. Cada frasco custa R$ 60, e Arquimedes cobra de R$ 80 a R$ 120 a higienização do sistema, com troca do filtro (a diferença corresponde ao preço do filtro para cada modelo de carro). Há também opção em galão de 5 litros, por R$ 480. “Em média, faço de 100 a 150 higienizações por mês”, conta.

Este é, assim, uma boa forma de o reparador engordar a receita da oficina sem onerá-la com equipamentos nem mão de obra, muito pelo contrário, é como acertar no bingo, e arrecadar uma bolada com um pequeno investimento.

A substituição de um filtro de cabine na maioria dos veículos é bastante simples, e para aplicar o Veroar o reparador precisa apenas de uma mangueira de ar comprimido para borrifar o produto nos dutos de ar. É aconselhável aplicar o Veroar no filtro também.

Além disso, é possível utilizar o Veroar no ar-condicionado dos escritórios da oficina, e economizar também com a manutenção do equipamento.

Cobreq lança pastilhas para 34 modelos Fiat

segunda-feira, 26 de março de 2012


A TMD Friction do Brasil, fabricante das pastilhas e lonas de freio da marca Cobreq, acaba de anunciar que já está disponível no mercado de reposição pastilhas dianteiras da marca para 34 modelos da Fiat, entre veículos Uno, Palio, Idea, Punto, Siena, Strada, Doblò e dois modelos 500 (Cinquecento).

A empresa é fornecedora da Fiat, e os modelos Novo Uno e Palio saem de fábrica com componentes Cobreq, em todas as suas versões. A TMD informa que coloca na reposição componentes produzidos com os mesmos materiais fornecidos à montadora.

Lançamentos para os modelos Fiat desde os respectivos inícios de produção:
 - Fiat 500 (Cinquecento) – Lounge Air 1.4 16V automático e Sport Air 1.4 16V automático.
 - Uno - 1.0 Vivace Evo, Uno 1.0 e 1.4 Way Evo e Uno 1.4 Attractive.
 - Palio - 1.0 e 1.4 Attractive Evo, Palio 1.6 16v, Essence, Essence Dualogic, Sporting, Sporting Dualogic, 1.8 8V, Weekend 1.3 8/16V, 1,6 16V e Adventure 1.8 8V.
 - Punto - 1.4 8V flex, 1.4 ELX, 1.8 Flex 8V, 1.8 HLX e 1.8 Sporting.
 - Siena – 1.6 8/16V e 1.8 8V.
 - Picape Strada – 1.4, 1.8 e Trekking.
 - Idea – 1.4 e 1.8 8V.

TMD/Cobreq na Copa Peugeot

sexta-feira, 23 de março de 2012


A dupla Luccas Arnone e Felipe Costa
A TMD Friction acaba de informa que manterá o patrocínio para a dupla da equipe Le Lac Rally Team, Luccas Arnone e Felipe Costa, na Copa Peugeot, com fornecimento de produtos Cobreq e assistência técnica.

O Peugeot 207 tripulado por eles foi campeão no ano passado na categoria 207 Master. Este ano correm na 207 Super, em prova que acontece neste final de semana (24 e 25 de março) na cidade paulista de São Carlos.

Volkswagen completa 59 anos no Brasil


A Kombi foi o primeiro veículo produzido em São Bernardo do Campo, em 1957
 - e continua no mercado até os dias atuais

Este ano, mais precisamente hoje, 23 de março, a Volkswagen comemora 59 anos de atividades no Brasil. Do pequeno armazém alugado na rua do Manifesto, no Ipiranga, em 1953, até hoje, os números surpreendem. Mas surpreendentemente mesmo é a resistência do modelo Kombi, que já era produzido naquela época, e ainda marca presença nos concessionários da marca.

Nestes 59 anos, a Volkswagen do Brasil produziu mais de 19 milhões de veículos, dos quais 7 milhões foram do modelo Gol. Neste período, a marca soma mais de 16 milhões de unidades comercializados no País, distribuídos por uma rede atualmente composta por mais de 600 concessionárias. São quatro plantas, com mais de 1,6 milhão m² onde trabalham 24 mil colaboradores. Além disso, o departamento de engenharia brasileiro responde por mais de 30 modelos desenvolvidos internamente.

Não números de dar inveja e que fazem refletir, pois que marca consegue atender o pós-venda de tantos veículos sem a ajuda das oficinas multimarcas? Destes 16 milhões de veículos vendidos no Brasil, cerca de 8 a 9 milhões, numa conta grosseira, devem estar em circulação. Destes, aproximadamente 2 milhões têm idade de até três anos. Se só houvesse as oficinas da rede concessionária, haveria um fluxo de cerca de 1.250 carros por mês para cada uma delas.

Clássicos da Volkswagen
Quem tem capacidade para atender tamanha demanda? Eles mal conseguem atender os carros em garantia, para as revisões periódicas exigidas pela fábrica! Com 600 concessionários e cerca de 2 milhões de veículos com idade até três anos, o fluxo médio é de quase 280 carros por mês por concessionário.

Assim, com quase 60 anos nas costas está mais do que na hora de os executivos da marca pararem de olhar para o próprio umbigo, e começar a prestar mais atenção ao mundo ao redor das fábricas e rede concessionária, pois sem a prestação de serviços das oficinas e lojas de autopeças multimarcas, não haveria condições de a marca atingir esses números em menos de 100 anos.

Outra crítica é em relação ao modelo usado, que com horas de uso perde de 20% a 30% do valor. Este seria, na verdade, o valor real do carro, e não os preços abusivos praticados no mercado interno. Como pode um Gol G4 (modelo antigo!), com motor de enceradeira custar mais de R$ 20 mil? R$ 15 mil estaria muito bem pago. Mas, brasileiro sempre gostou de pagar caro pelo sonho de consumo, assim, como criticar quem se aproveita disso?

Fato é que nossa indústria automotiva começa a ficar sexagenária mas ainda com a mesma mentalidade de negócios da época em que nasceu, quando as peças eram importadas e somente o processo de montagem era feito aqui. Desde então, depois que o carro sai da loja, o problema deixa de ser do fabricante e passa a ser do consumidor.

E quem tenta ajudar o consumidor, como os reparadores multimarcas, que fazem o possível para manter a frota circulante circulando, é mal visto pelas montadoras, que ao invés de ajudar, fornecendo informações técnicas, preferem dificultar, sob pretexto de que quem está autorizado a mexer nos carros da marca são apenas os concessionários, pois são especialistas no que fazem...

Alerta pirata

quinta-feira, 22 de março de 2012


A fabricante de filtros de cabine micronAir identificou que os produtos da marca estão sofrendo pirataria no mercado de reposição e, assim, iniciou esta semana o processo de informação aos clientes para combater este mal.

De acordo com o responsável pelo aftermarket nacional da micronAir, Luciano Ponzio, os produtos piratas identificados têm aparência semelhante aos originais. “Em alguns aspectos, os filtros falsos são parecidos, mas a maioria das diferenças está no material utilizado no meio filtrante, na cola e no processo de montagem”, explica.

Para ajudar o consumidor, a micronAir colocou à disposição dois canais de comunicação: o site www.micronair.com.br e o e-mail micronair@fvbr.com.br. No comunicado enviado à imprensa, divulgou algumas dicas para reconhecer as diferenças entre o filtro original e o falso:

Filtro original (em cima) e o falso: diferenças marcantes
- Dimensão: no caso do filtro da foto anexa, o produto falso identificado pela micronAir tem  uma altura inferir em cerca de 1 cm quando comparado com o original (embora não se descarte falsificações com alturas iguais);
- Logotipo: a gravação do logotipo da micronAir é diferente;
- Código de rastreabilidade: o filtro pirata não possui código de rastreabilidade;
- Data de fabricação: os filtros falsos identificados não possuíam a data de fabricação do produto;
- Termos em inglês: os filtros falsos apresentaram a expressão “fluxo de ar” em inglês, quando a micronAir ressalta que não utiliza termos em inglês nos países da América do Sul, utilizando apenas termos em português e espanhol;
- Aplicação / nome do veículo: a micronAir nunca coloca a aplicação em seus filtros, ou o nome do veículo para o qual destina-se o produto;
- Aba: a micronAir, no caso do produto fotografado, utiliza uma aba em “V” na estrutura lateral do produto. Tecnologia desenvolvida pela Freudenberg para uma melhor vedação do produto. 

Ver para crer

terça-feira, 20 de março de 2012



Alexandre Akashi

Já faz algum tempo, meu amigo Carlos Bernardo, da oficina Design Mecânica, de Campinas, me mostrou algo muito curioso. Sobre a mesa da escrivaninha repousava um motor em miniatura, feito em acrílico transparente, algo bem decorativo, muito bem elaborado e que chamou minha atenção.

Conversamos e no meio do bate-papo peguei o motor nas mãos para apreciá-lo melhor. Uma peça de decoração totalmente dentro do contexto, afinal estávamos em uma oficina mecânica; nada mais justo do que ter uma miniatura de motor sobre a mesa.

Ao perceber meu interesse pelo objeto, Carlos adiantou-se a minha pergunta: “Bacana, não?” Muito, respondi. O legal desta peça é a funcionalidade dela. O motor a combustão interna é um segredo para muita gente, que fica intrigada em saber como ele funciona. E esta é a beleza da peça que eu tinha em mãos.

A miniatura retrata um motor quatro-cilindros, 16 válvulas, com duplo comando de cabeçote. Todo bloco, cabeçote e cárter são de acrílico transparente, o que possibilita ver os componentes internos: virabrequim (árvore de manivela), pistões, válvulas, comandos de válvulas, velas de ignição, mancais, correia dentada, bomba de água e de óleo, pescador, vareta de medição do nível de óleo, e também o alternador.

Outros componentes também estão presentes, como corpo de borboleta, coletor de admissão, flauta de injetores e os injetores, correia de acessórios e suas polias, filtro de óleo e vareta de medição do nível de óleo, coletor de exaustão e volante do motor. Faltou o sensor de oxigênio na saída da exaustão, mas tudo bem, uma vez que o moto não mostra nenhum dos sensores. Esta é uma ideia para um próximo modelo, talvez.

Mas o bacana desta miniatura é que ela é funcional. O volante do motor gira, e com ele todos os componentes internos, inclusive a correia de transmissão de força, o que gera movimento nas válvulas e comandos de válvulas. Até mesmo a correia de acessórios se movimenta, e transfere isso ao alternador e bomba de óleo.

“Essa miniatura funcional tem me ajudado muito”, disse Carlos Bernardo. Sim, tem ajudado a vender serviços. A estratégia é simples. Ao explicar o orçamento para o cliente, ele pega o motor e mostra os possíveis locais onde serão necessárias intervenções. Com isso, consegue fazer o cliente visualizar o problema e as dificuldades para se chegar a ele.

Uma forma transparente de se trabalhar, pois nem sempre o cliente imagina o que pode estar errado no veículo e, se tratando de motor, o negócio fica mais complexo ainda, pois este é um componente misterioso para a grande maioria das pessoas.

A ideia tem dado tão certo que muitos reparadores da região fizeram encomendas ao Carlos, pois também querem ter uma miniatura na oficina. Assim, Carlos agora distribui o modelo, oficialmente.

Microônibus Euro 5 da Volare já estão em circulação

sexta-feira, 16 de março de 2012



A fabricante de microônibus Volare, pertencente ao Grupo Marcopolo, acaba de lançar a linha 2013 dos veículos das linhas V (V5, V6 e V8) e W (W8 e W9), com motorização que atende a nova legislação Proconve P7, similar ao Euro 5.

Os modelos da linha V saem de fábrica com motor quatro cilindros Cummins ISF 3.8, de 152 cv de potência a 2.600 rpm e torque máximo de 450 Nm a 1.500 rpm. Já os da linha e W têm motor quatro cilindros MWM MAXXFORCE 4.8, de 165 cv a 2.200 rpm e torque máximo de 600 Nm de 1.200 a 1.300 rpm.

Ambos modelos adotam tecnologia SCR, com catalisador e tanque de uréia (Arla 32). De acordo com a empresa, em breve haverá também a opção com motores Mercedes-Benz. Visualmente, não houve alterações nos veículos, com exceção da grade dianteira, que agora tem estrutura em colmeia.

Aos reparadores cabe então o alerta: os veículos diesel com sistema de pós-tratamento SRC já estão nas ruas, uma vez que a Volare acaba de anunciar que já entregou 100 unidades dos novos veículos aos clientes, que na grande maioria adquirem os veículos no varejo (pequenas quantidades).

Com 110 concessionárias com postos de serviços, a Volare detém 60% do mercado de microônibus no Brasil, com vendas médias anuais de 4.700 unidades. Isso significa que até o fim deste ano, existe a possibilidade de haver cerca de 4 mil veículos Euro 5 da marca em circulação no País.

Assim, já é um bom negócio para o reparador se atualizar a respeito deste novo sistema, pois apesar de interferir somente nos gases de escape, os fabricantes de motores realizaram diversas alterações nos projetos dos propulsores, que ficaram mais eficientes e entregam agora mais torque e potência, em relação aos anteriores.

Além disso, há novas situações, como a necessidade de abastecimento com diesel com menor teor de enxofre, o S-50 (até então, o diesel nas regiões metropolitanas era o S-500 e, no interior, S-1800, com 500PPM e 1800PPM de enxofre – PPM=partes por milhão).

O abastecimento de veículos Euro 5 com enxofre S-500 ou S-1800 não chega a danificar o motor, mas ele perde todos os benefícios para o qual foi projetado (mais torque, potência, maior distância entre manutenções, economia de combustível – fala-se na ordem de 8% a 12%, e consequente redução no nível de emissões).

Além de perder os benefícios, será preciso atenção na manutenção do veículo, com atenção ao sistema de pós-tratamento, que tende a se deteriorar com maior rapidez. Assim, se um carro desses aparecer na sua oficina, a primeira pergunta que deve ser feita é sobre a qualidade do combustível utilizado. Dependendo da resposta, meio caminho do problema já pode ser solucionado.


Ficha técnica modelos V
Ficha técnica modelos W


Cobreq amplia oferta de pastilhas de freios para modelos importados


A Cobreq lança no mercado de reposição pastilhas de freio para os veículos Chevrolet Captiva, Hyundai i30 e Santa Fé, Kia Cerato, Sorento e Carens, e Chrysler PT Cruiser. Os produtos são importados da Inglaterra, e atendem a norma européia ECE-R 90. Vale lembrar que no Brasil, pastilhas de freios por enquanto não necessitam passar, obrigatoriamente, por nenhum tipo de teste de qualidade.

De acordo com o presidente da TMD Friction do Brasil, Feres Macul Neto, a divisão de aftermarket da empresa acelera o lançamento de novas pastilhas Cobreq para veículos importados, em resposta à grande demanda do segmento. “Lançamentos adicionais já estão previstos para o final de junho”, adianta o executivo.

Boa notícia
Apesar de não haver certificação compulsória para pastilhas de freios no Brasil, a TDM Friction, fabricante da marca Cobreq, informa que há planos para que ela seja implantada em breve no mercado de reposição. “Assim a TMD coloca-se mais uma vez como pioneira, ao oferecer ao consumidor o que há de mais moderno e seguro no segmento de pastilhas de freio” – conclui Feres.

Amarok: novo turbo e mais potência

quinta-feira, 15 de março de 2012


A nova versão da picape Amarok, da Volkswagen, com transmissão automática de 8 marchas, motor 4 cilindros 2.0 diesel conta com turbocompressor R2S BorgWarner e mais 17 cv de potência, passando de 163 cv para 180 cv.

O turbo R2S (dois estágios) utilizado neste veículo que hoje é sucesso nacional de vendas, na realidade é composto por dois turbos montados em série trabalhando em conjunto: o KP35 de alta pressão e o K04 de baixa pressão. O conjunto R2S ainda possui duas válvulas “westegate” para controlar os fluxos dos gases. Já as carcaças das turbinas são integradas no coletor de escapamento.

Oficinas de S.José do Rio Preto recebem certificação de qualidade

quarta-feira, 14 de março de 2012

O IQA - Instituto da Qualidade Automotiva, organismo de certificação acreditado pelo Inmetro, criado e dirigido pela Anfavea, Sindipeças, Sindirepa e outras entidades do setor, acaba de entregar mais 20 certificados a oficinas da região de São José do Rio Preto, no interior de São Paulo. As novas empresas certificadas fazem parte do grupo de empresários do projeto de excelência em qualidade, em parceria com a Facesp (Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo). 

O projeto busca orientar e capacitar empresários nas melhores práticas de gestão do negócio, com acompanhamento de consultorias especializadas que auxiliam nas dificuldades do dia a dia, até que se alcance a excelência em qualidade, por meio da certificação.

As novas certificadas são: Auto Mecânica Flórida, Auto Mecânica Kiko Só Pick-up, Centro Automotivo São Francisco, Auto Mecânica Jordão, WS Aspro Mecânica, Edcar Mecânica e Elétrica, Lecar Centro Automotivo, Centro Automotivo Hollywood, GT Automecânica, Martins Autocenter, Mecânica Pardal, União Auto Peças, Téda Auto Peças, Oficina Mecânica JD, Pil Centro Automotivo, Correa Auto Funilaria e Pintura, André Automecânica, Adilson Auto Center, e Paulinho Funilaria e Pintura.

Lição de cidadania

terça-feira, 13 de março de 2012


Primeiramente, feliz ano novo para todos. Um pouco atrasado, mas como tudo começa somente depois do Carnaval (uma grande história para boi dormir, mas, enfim...), após merecidas férias, estamos de volta, e com boas notícias....

Vamos, então, sem rodeios, contar o que de bom acontece em reparação automotiva. Antes, porém, uma pergunta: você sofre com problema de falta de mão-de-obra qualificada? Precisa de bons mecânicos e não encontra? Seus problemas ainda não acabaram, mas há esperança.

Pôxa, Alexandre, você não disse que tinha boas notícias? Tenho. Não se faz bons mecânicos da noite para o dia, isso é impossível. Não há mágica. Mas há trabalho. Um bom trabalho de base é fundamental para formar bons profissionais.

Ontem, segunda-feira, dia 12, estive no Senai Ipiranga, em São Paulo, a convite da Carbwel, distribuidora de autopeças localizada na Vila Nova Cachoeirinha, zona Norte da cidade. Há tempos, o pessoal da loja tem escutado dos clientes, donos de oficinas, que está difícil encontrar mão-de-obra de qualidade.

Certo dia, um encontro com o agente de treinamento do Senai Ipiranga, Valdir de Jesus, mostrou que era possível aliar a fome com a vontade de comer, e começou uma história que vale muito a pena contar. Valdir é um dos responsáveis em preencher as vagas de bolsa de estudos que o Senai oferece na unidade do Ipiranga. Em 2011, foram mais de 1.200 vagas abertas para os cursos de formação continuada, que transforma jovens adolescentes em aprendizes de mecânica automotiva.

Ocorre que Valdir é um cidadão consciente e não tem interesse simplesmente de preencher as vagas e pronto. Anualmente, faz o acompanhamento das turmas que recebem bolsa de estudos, para saber como está o desenvolvimento do aluno, em relação ao acompanhamento das aulas. Assim, busca minimizar o número de desistentes, pois quando ocorre uma desistência, não é somente o aluno quem perde, o Senai perde e a sociedade como um todo também perde.

O encontro entre Carbwel e Valdir foi um ato esperado por dois longos anos pela Carbwel, que tinha um belo projeto mas não sabia como colocá-lo em prática. Valdir  as suas dificuldades e a Carbwel apresentou sua proposta, de ajudar os clientes a encontrar mão-de-obra de qualidade. A partir desse momento, começaram a nascer jovens aprendizes, duas turmas de 16 alunos cada, uma no período da manhã e outra à tarde.

A Carbwel foi atrás de 32 jovens, com 7ª série concluída, interessados em aprender sobre Motores Automotivos, em curso no Senai Ipiranga. Conversou com os proprietários das oficinas clientes, que reclamam de falta de mão-de-obra, e disse a eles que havia uma oportunidade de começar a formar novos profissionais. As oficinas passaram a indicar nomes e assim a Carbwel juntou um grupo de 32 adolescentes e os levou para o Senai.

Valdir conta que o índice de desistência nos cursos de bolsa oferecidos fica em média superior a 10% dos inscritos. Muitos desistem no meio do caminho porque falta-lhes condições mínimas para se manter em um curso, como dinheiro para transporte e muitas vezes também para alimentação.

É certo, são cursos de meio período, mas um aluno que precisa chegar às 7h na escola e toma três a quarto conduções, acorda no mínimo às 5h, e só almoça, quando almoça, às 14h, quando chega em casa. Nesse meio tempo precisa tomar um lanche, ao menos.

A boa notícia para todos é que o modelo encontrado pela dupla Carbwel e Valdir resultou na desistência de apenas um aluno, que no meio do curso recebeu uma proposta irrecusável de emprego. Outra excelente notícia, principalmente para quem precisa de um emprego. E, se estava fazendo um curso de Mecânica Automotiva, era porque tinha interesse em aprender um ofício.

Um dos segredos do sucesso desta ação, e talvez a melhor parte da notícia, é que estes 32 jovens recebem mensalmente uma ajuda de custo da Carbwel, que sem pedir nada em troca paga o transporte de ida e volta dos alunos, semanalmente, para que todos possam assistir as aulas, sem se preocuparem com o dinheiro da condução.

Pode parecer pouco, mas para os 32 jovens, não é. Pode parecer muito, mas para a Carbwel, é uma satisfação. Uma ação de responsabilidade social, e também de sobrevivência, pois logo estes jovens estarão no mercado de trabalho, nas oficinas, e quem sabe não se tornarão os donos de seus próprios negócios? E de quem eles serão cliente?

Além, claro da fidelização dos que já são clientes, os amigos das oficinas que ele convidou a indicar os jovens. Em conversa com alguns dos alunos, uma resposta chamou atenção: “Já havia tentado a bolsa antes, mas não consegui. Quando me disseram que havia essa oportunidade, não pensei das vezes”, disse um deles.

O sucesso desta turma foi tão grande, que o interesse deles pelo aprendizado está indo além: no final do mês terminam este curso e já emendam outro, em abril, de Injeção Eletrônica, nos mesmos moldes de bolsa de estudos, oferecido pelo Senai.

A Carbwel foi, assim, uma catalisadora. Reuniu pessoas com interesses em comum e fez acontecer. Há mais oportunidades assim, pois Valdir tem mais vagas para preencher. A Carbwel já se prontificou a repetir a dose, e busca parcerias para aumentar o número de jovens. Alguém mais se habilita?


 

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