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Farol Alto

Volkswagen completa 59 anos no Brasil

sexta-feira, 23 de março de 2012


A Kombi foi o primeiro veículo produzido em São Bernardo do Campo, em 1957
 - e continua no mercado até os dias atuais

Este ano, mais precisamente hoje, 23 de março, a Volkswagen comemora 59 anos de atividades no Brasil. Do pequeno armazém alugado na rua do Manifesto, no Ipiranga, em 1953, até hoje, os números surpreendem. Mas surpreendentemente mesmo é a resistência do modelo Kombi, que já era produzido naquela época, e ainda marca presença nos concessionários da marca.

Nestes 59 anos, a Volkswagen do Brasil produziu mais de 19 milhões de veículos, dos quais 7 milhões foram do modelo Gol. Neste período, a marca soma mais de 16 milhões de unidades comercializados no País, distribuídos por uma rede atualmente composta por mais de 600 concessionárias. São quatro plantas, com mais de 1,6 milhão m² onde trabalham 24 mil colaboradores. Além disso, o departamento de engenharia brasileiro responde por mais de 30 modelos desenvolvidos internamente.

Não números de dar inveja e que fazem refletir, pois que marca consegue atender o pós-venda de tantos veículos sem a ajuda das oficinas multimarcas? Destes 16 milhões de veículos vendidos no Brasil, cerca de 8 a 9 milhões, numa conta grosseira, devem estar em circulação. Destes, aproximadamente 2 milhões têm idade de até três anos. Se só houvesse as oficinas da rede concessionária, haveria um fluxo de cerca de 1.250 carros por mês para cada uma delas.

Clássicos da Volkswagen
Quem tem capacidade para atender tamanha demanda? Eles mal conseguem atender os carros em garantia, para as revisões periódicas exigidas pela fábrica! Com 600 concessionários e cerca de 2 milhões de veículos com idade até três anos, o fluxo médio é de quase 280 carros por mês por concessionário.

Assim, com quase 60 anos nas costas está mais do que na hora de os executivos da marca pararem de olhar para o próprio umbigo, e começar a prestar mais atenção ao mundo ao redor das fábricas e rede concessionária, pois sem a prestação de serviços das oficinas e lojas de autopeças multimarcas, não haveria condições de a marca atingir esses números em menos de 100 anos.

Outra crítica é em relação ao modelo usado, que com horas de uso perde de 20% a 30% do valor. Este seria, na verdade, o valor real do carro, e não os preços abusivos praticados no mercado interno. Como pode um Gol G4 (modelo antigo!), com motor de enceradeira custar mais de R$ 20 mil? R$ 15 mil estaria muito bem pago. Mas, brasileiro sempre gostou de pagar caro pelo sonho de consumo, assim, como criticar quem se aproveita disso?

Fato é que nossa indústria automotiva começa a ficar sexagenária mas ainda com a mesma mentalidade de negócios da época em que nasceu, quando as peças eram importadas e somente o processo de montagem era feito aqui. Desde então, depois que o carro sai da loja, o problema deixa de ser do fabricante e passa a ser do consumidor.

E quem tenta ajudar o consumidor, como os reparadores multimarcas, que fazem o possível para manter a frota circulante circulando, é mal visto pelas montadoras, que ao invés de ajudar, fornecendo informações técnicas, preferem dificultar, sob pretexto de que quem está autorizado a mexer nos carros da marca são apenas os concessionários, pois são especialistas no que fazem...

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