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Farol Alto

Isela Costantini, diretora de Pós-Vendas da GM: "Queremos ouvir o reparador”

sexta-feira, 30 de setembro de 2011


Boletim Extra - 30 de setembro

Alexandre Akashi

Depois de lançar o Portal do Reparador Chevrolet (www.reparadorchevrolet.com.br), a GM estuda novas estratégias de relacionamento com os mecânicos de automóveis. Em entrevista exclusiva para o Blog Reparador Online, a diretora geral de Pós-Vendas da GM, Isela Costantini, fala sobre as expectativas e deixa claro, que conta com o apoio de todos para oferecer cada vez mais informações técnicas relevantes para facilitar o trabalho nas oficinas.

Por outro lado, a marca efetua forte trabalho na difusão do uso da peça genuína, e acaba de inaugurar uma nova ala no armazém de distribuição de peças, em Sorocaba (SP), que passou a se chamar Centro Logístico Chevrolet. Em outras palavras, se arma para oferecer ao dono do carro uma manutenção de qualidade, dentro e fora da rede concessionária.  Acompanhe abaixo a entrevista.

Blog Reparador Online – Quais as expectativas com o lançamento do portal?
Isela Costantini – A expectativa é muito grande, pois o portal Reparador Chevrolet é um trabalho que começamos no ano passado, avaliando e conhecendo o mercado, conversando com os reparadores, para entender se existe ou não o conflito de interesses com a rede concessionária. Estamos começando aos pouquinhos, já colocamos o portal no ar, com algumas informações que julgamos interessante depois de conversar com os reparadores. Este trabalho é para que o consumidor Chevrolet possa ter suporte dentro de um reparador independente, com informação e peças genuínas. Assim ele consegue fazer o conserto da forma mais adequada.

Reparador Online – Portal de um lado, ampliação do centro de distribuição de peças por outro. A expectativa é vender mais peças?
Isela – Continuamos com um trabalho forte em vendas de peças, mas não temos ideia se o portal vai ajudar nisso. Não fizemos o portal olhando objetivos de aumento de volume de vendas. Estamos fazendo isso como forma de aproximação com o reparador independente. Óbvio que acreditamos que isso deve gerar algum aumento, mas não é o foco principal.

Reparador Online – Qual é o foco, então?
Isela – A ampliação do centro de distribuição de peças é por conta do aumento do parque circulante, e temos muitos carros novos chegando ao portfólio, o que vai gerar uma necessidade de espaço, pois temos o compromisso em continuar mantendo em estoque as peças dos carros que estão sendo descontinuados.

Reparador Online – O Inmetro acaba de publicar a portaria nº 301, que obriga a certificação de peças de reposição, inclusive as comercializadas no balcão da concessionária. Como isso impacta nos negócios da Chevrolet?
Isela – Temos como prática um nível de exigência muito alto em termos de padrão de qualidade e segurança na qualidade das peças. Praticamente aqui no Centro Logístico temos as mesmas peças que são usadas na produção. Com relação aos fornecedores estarem capacitados para seguir as regras do Inmetro, estamos bastante tranqüilos. Acreditemos que esta certificação é necessária, por uma questão de segurança. O Inmetro está indo atrás de itens de segurança que são críticos e não podemos correr o risco, pois não é só a segurança dos passageiros que estão nos veículos, é também das pessoas que estão ao redor, seja pedestres, seja passageiros de outros veículos.

Reparador Online – Acaba ocorrendo pressão por aumento de custo para o consumidor?
Isela – O grande desafio não é só a certificação, mas alguns anexos que o Inmetro vem exigindo, como postos de coletas. São pontos adicionais que vêm junto que obrigam a colocar mais um participante na cadeia de suprimentos. Esse adicional é que nos preocupa, pois alguém vai ter cobrir este custo, e no final acaba sendo repassado para o valor da peça.

Reparador Online – Quais outras ações a GM vai desenvolver com os reparadores a partir do portal?
Isela – Abrimos o canal direto com os reparadores e vamos ouvir deles qual vai ser o próximo passo. Temos ido aos sindicatos da categoria para tentar entender como podemos melhorar, tanto o que já está no portal quanto o que mais podemos fazer.

Reparador Online – Quantos cadastros já existem no portal?
Isela - Ficamos surpresos pelo número de acessos já na primeira semana, foi incrível, mais de 400 só no lançamento.

Reparador Online – E quais as estratégias de atualização do portal?
Isela – Esta é uma das grandes preocupações, pois sabemos que o grande erro cometido por algumas concorrentes que fizeram este trabalho é a não atualização. Estamos preocupados em conteúdo, como dicas que podem ajudar a reparar mais rapidamente. Em que momento e de que forma colocaremos os carros novos? Ainda estamos amadurecendo a ideia internamente, dentro da estrutura de suporte.

Reparador Online – E quais os planos futuros?
Isela – Com o que temos hoje no portal, atendemos bem as necessidades, pois havia uma carência tão grande por informações, que com o portal preencheu. Agora ainda deve demorar alguns meses para que os usuários nos digam o que falta para ficar melhor.

Reparador Online – Já existem planos de fornecer ferramentas e equipamentos para os reparadores realizarem diagnósticos mais precisos?
Isela – Conversamos sobre isso com reparadores de São Paulo e descobrimos que alguns deles já possuem algumas ferramentas, compradas nos Estados Unidos. Agora estamos estudando qual é a real necessidade, pois para que a gente possa oferecer isso aos reparadores brasileiros, temos de passar pela matriz nos Estados Unidos, e pode ser que o custo não compense, pois se ele já tem um canal lá, consegue trazer com preço mais interessante.

Reparador Online – O próximo passo é capilarizar a capacidade de atendimento e montar uma rede de postos autorizados?
Isela – Estamos estudando esta alternativa, pois temos uma realidade de custo de m² muito alto, principalmente nas grandes cidades. Mas, antes disso, precisamos entender como isso se encaixa dentro do sistema de atendimento Premium Chevrolet, em que gente valoriza muito a presença do cliente junto do técnico acompanhando até o reparo.

Reposição: BorgWarner lança corrente para modelos da Kia e Hyundai

terça-feira, 27 de setembro de 2011


A BorgWarner lançou uma nova corrente, do tipo “silent”, da árvore contrarrotativa de balanceamento do motor Theta II de 4 cilindros, gasolina, injeção direta (GDI) e turbocompressor. Aplicação do Theta II: Hyundai Sonata e nos modelos Kia Sorento, Kia K5 e Kia Sportage.

Segundo a empresa, a tecnologia utilizar nesta corrente possibilita que os motores GDI sejam projetados com um sistema de árvore de balanceamento simplificado, a custo menor, baixos ruídos e maior durabilidade que as correntes de roletes. Além da corrente a BorgWarner também fornece os componentes da árvore de balanceamento, incluindo tensionador, braços de controle e guias.

Reciclar é preciso

domingo, 25 de setembro de 2011

Boletim 05/2011 – 26 de setembro

Alexandre Akashi

No boletim da semana passada, destaquei a tendência do uso mais amplo pelas montadoras de peças remanufaturadas. Deve ficar claro que existem critérios para se utilizar este tipo de componente, pois não é porque ele é remanufaturado que é bom; não é porque preserva o meio ambiente que deve ser utilizado indiscriminadamente.

As peças que a Mercedes-Benz disponibiliza para o mercado de reposição são totalmente revisadas, sem reaproveitamento das partes internas que são totalmente novas, apenas as carcaças são reutilizadas. E a garantia é a mesma de uma peça nova, pois passam pelos mesmos processos de controle de qualidade.

Ao final do boletim escrevi que o Brasil precisa de um programa de reciclagem de automóveis, e isso é urgente. Não dá mais para ver carros jogados nos rios e represas, no meio do mato, abandonados nas ruas, ocupando espaço em pátios de Detrans, sem destino certo, contaminando o meio ambiente.  

Muitos modelos acabam abandonados porque chega uma hora que o custo da manutenção é maior do que o descarte, e mais ninguém quer, porque não tem preço de venda. Neste momento, o que fazer? Há os desmanches, mas que tipo de responsabilidade social e ecológica estes estabelecimentos têm?

O comércio de peças usadas é um paliativo que deve ser utilizado em última estância. Dá sobrevida para alguns modelos que as montadoras e as fabricantes de autopeças já não se importam mais, porém a que custo? O consumidor deste tipo de componente não tem nenhum tipo de garantia técnica, nem de procedimento. Assim, representa um risco.

As montadoras deveriam ser responsabilizadas pelo produto que elas fabricam até o descarte final. Isso sim é responsabilidade social. Isso sim é respeito ambiental. A grande maioria delas gasta milhões de reais, dólares, euros e tudo quanto é tipo de dinheiro para dizer ao mundo o quanto investem em linhas de produção ecologicamente corretas, que neste processo não poluem o meio ambiente, mas e depois?

Gastam fortunas para dizer o quanto são socialmente responsáveis, mas depois que o carro chega às ruas, lavam as mãos e o problema já não passa mais a ser deles, e sim de quem o adquiriu. Quando muito oferecem um serviço de revisão, na rede concessionária, que não comporta a totalidade de carros que vendem por ano.

Cabe aos reparadores independentes cuidar dos modelos que as montadoras não querem mais. As concessionárias estão cheias de carros novos, em garantia, e não têm estrutura para consertar os velhinhos. A falta de responsabilidade social das montadoras é tão grande que não enxergam que o produto deles quando mal conservado, é uma arma letal nas ruas.

E não enxergam que existe toda uma estrutura já montada que pode fazer este trabalho por elas, bastando apenas oferecer conhecimento (por meio de treinamento) e peças. Onde encontrar estas peças? Veja o exemplo da Mercedes-Benz.
A boa notícia é que pelo menos duas marcas já iniciaram um processo de aproximação com os mais de 90 mil profissionais da reparação automotiva: a Fiat, que desde 2009 tem o site Reparador Fiat (www.reparadorfiat.com.br) como referência de informações técnicas dos modelos com mais de três anos no mercado, e agora a Chevrolet, que acaba de colocar no ar o site Reparador Chevrolet (www.reparadorchevrolet.com.br), onde passa a disponibilizar muita informação técnica ao reparador (veja nota abaixo). Nada original, mas muito funcional, e é isso que vale. Tomara que outras marcas também copiem esta iniciativa.

O Brasil já é o quarto principal mercado de vendas e produção de automóveis do mundo, e ainda não encontrou uma fórmula para tirar de circulação as latas velhas que empacam as ruas das grandes cidades. O problema não é a idade do carro, mas, sim, a falta de manutenção. E não passam por manutenção corretamente porque as peças custam caro e são difíceis de encontrar.

Boas novas
Dayco – A Dayco lançou um site para divulgar as correias industriais (www.daycoindustrial.com.br), com diversas funcionalidade, como cotações online, catálogo explicativo do tipo de correias, e link para a divisão automotiva: - www.daycobrasil.com.br.

Reparador Chevrolet – Tal como a Fiat, a Chevrolet passa a disponibilizar via internet diversas informações técnicas para o reparador independente, com o lançamento do portal www.reparadorchevrolet.com.br. Segundo a GM, a ferramenta é parte de uma série de ações para estreitar o relacionamento com esse público, uma das prioridades da Chevrolet.
O Portal do Reparador foi dividido em cinco áreas distintas. Na seção reparo de veículos, estão disponíveis os manuais da maior parte dos carros do portfólio da Chevrolet, com os diagramas elétricos de cada um dos modelos, especificações técnicas, entre outros dados.
Em dicas de serviços, o reparador encontra informações para facilitar seu dia a dia e melhorar o atendimento aos clientes. Já em verdade genuína, um guia apresenta como usar de maneira eficiente as peças genuínas Chevrolet, além de explicações de como essas peças se adaptam perfeitamente a cada carro, sem riscos de trazer problemas futuros aos seus clientes.
O conteúdo informativo conta ainda com a área de canais Chevrolet, que foi desenvolvida para disponibilizar os diferenciais das peças genuínas Chevrolet e informações sobre as peças ACDelco. E, finalmente, para que o usuário encontre o revendedor de nossas peças Chevrolet mais próximo de sua oficina, é só clicar em encontre um atacadista.

Treinamento gratuito – Em outubro, a Mahle participa do Ciclo Nacional de Treinamentos do Conarem, com palestras técnicas gratuitas a retíficas em cidades dos Estados do Paraná, Paraíba e Pernambuco. Destinado aos operadores de máquinas de usinagem e montadores de motor das retíficas, o treinamento destacará as novas tecnologias e produtos voltados a empresas do setor. Mais informações: (11) 5594-1010 com Ricardo.

Data
Cidade
Palestra
06/10
Guarapuava-PR
Treinamento Mahle e CONAREM
08/10
Pato Branco-PR
Treinamento Mahle – Encontro de Retíficas do Paraná
20/10
Caruaru-PE
Treinamento Mahle e CONAREM
22/10
Campina Grande-PB
Treinamento Mahle – Encontro de Retíficas da Paraíba
24/10
João Pessoa-PB
Treinamento Mahle e CONAREM

Audi TT – Sabe quem fornece a os turbos e a embreagem para os Audi TT? A BorgWarner. Com exceção do TTS Roadster, todos possuem dupla embreagem BorgWarner S-tronic (dual clutch transmission - DCT), de 6 marchas, em banho de óleo. Há também a opção do câmbio de 7 marchas com embreagem a seco. Em todos os modelos, a troca de marchas pode ser feita por borboletas no volante.
A BorgWarner também fornece o turbo K04 para os motores (injeção direta) do TTS e TTS Roadster de 272 cv. Estes veículos fazem de 0 a 100 km/h em 5,2 segundos e atingem a velocidade máxima de 250 km/h.

Novo VP – Delfim Calixto é o novo vice-presidente da divisão Automotive Aftermarket da Robert Bosch América Latina. Ele assume o cargo antes ocupado por Ruediger Saur, que retornou à Alemanha para ocupar a diretoria mundial de filtros da Bosch.
Calixto trabalha no Grupo Bosch desde 1989 e desenvolveu toda a sua carreira na divisão Automotive Aftermarket ocupando cargos na Alemanha, Brasil e Argentina. Sua última atribuição foi no México, onde assumiu a diretoria dessa unidade de negócios da Bosch, em 2008.

Trânsito seguro – O Instituto Renault realizou, pela primeira vez, a “Semana de Segurança no Trânsito”, de 18 a 25 de setembro, com diversas ações educativas como palestras, treinamentos de direção, distribuição de material informativo, entre outras ações que visam o bom convívio no trânsito.

100 anos – Este ano a Gates comemora 100 anos de atividades e elegeu a América do Sul um dos mercados prioritários para novos investimentos em pessoas e estrutura. A meta é ampliar a liderança, proximidade e confiança que construiu entre os clientes automotivos e industriais da região.
Por isso, investirá neste segundo semestre em lançamentos de produtos, além de reforços nas áreas de vendas, marketing e suporte técnico, sob o comando do engenheiro Antonio Teodoro, novo Presidente para a América do Sul.
A empresa também passa a contar com um diretor de Aftermarket para a região, o administrador e economista César Costa, profissional com 28 anos de experiência em indústrias de autopeças e terá como maior objetivo criar uma relação de excelência com a reposição. 
E, para unificar a imagem da Gates nos diferentes segmentos onde atua, o publicitário Fabio Murta, coordenador de Marketing, passará a cuidar de todas as ações de relacionamento dirigidas aos profissionais das montadoras, mercado de reposição, setor industrial e agronegócio. Sua atuação será ampliada a todos os países sul-americanos.

Zero Km, mas com peças remanufaturadas

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Boletim 04/2011 – 19 de setembro

Alexandre Akashi

A montadora não confirma mas rumores indicam que a divisão de veículos comerciais da Mercedes-Benz tem planos de lançar no mercado um caminhão com peças remanufaturadas, como motor, transmissão, embreagem, motor de partida, unidades injetoras e diferencial, componentes que oferece no mercado de reposição na rede concessionária. A garantia é a mesma de um zero Km (um ano), mas mais barato.

Fato é que a empresa faz forte campanha de divulgação das peças da linha Renov, que chega a custar até 55% menos do que uma peça genuína MB. Vale lembrar que apenas as carcaças são reaproveitadas, enquanto o resto dos componentes é novo, como bielas, pistões, anéis etc.

Esta foi uma das atrações da I Expomecânico, feira realizada pela revista O Mecânico no último fim de semana no autódromo de Interlagos, em São Paulo, e que contou com a presença de outras três montadoras (Fiat, GM e Peugeot), além de fabricantes de autopeças, equipamentos e entidades do setor.

Um dos pontos fortes do evento, que apesar de ter sido realizado em clima de muita descontração não foi uma festa, foi a possibilidade de ampliar conhecimentos técnicos, por meio de palestras oferecidas por todos os 25 expositores. Mas a grande atração do evento foi a possibilidade de dar um “rolê na pista”, a convite das empresas expositoras.

Praticamente todas dispunham de veículos para levar os reparadores convidados a dar uma volta pelo circuito de Interlagos, acompanhados de pilotos. Os destaques ficaram com os modelos esportivos, como Ferrari, oferecido pela Dayco, Porsche (Mobil), Lamborghini, Camaro (GM), entre outros.

Outro destaque do evento foi a presença da Launch, que chegou ao Brasil oficialmente há dois meses com representação própria. Na Europa, a marca é uma das principais fornecedoras de equipamentos de diagnose automotivo (scanner) e promete agitar ainda mais este concorrido mercado, com um produto que atende as mais diversas montadoras, inclusive as chinesas.

O modelo X-431 é portátil, do tamanho de um palmtop, e tem capacidade de trabalhar simultaneamente com dois veículos (mas para isso é preciso ter dois conectores OBD), por tecnologia Bluetooth. Custa cerca de R$ 8.000. Vai dar o que falar.

Quem também chamou atenção foi uma nova fabricante de polias e tensionadores, a Ranalle, que já tem 10 anos de mercado, mas até então tinha foco em clientes corporativos (outros fabricantes de polias e tensionadores), porém agora almeja fornecer para o aftermarket com a marca própria.

Além destes, marcaram presença na Expomecânico marcas como Affinia, Alfatest, Bardahl, Bosch, Corteco, Dayco, Delphi, Elring Klinger, Gates, LP, Mobensani, Mobil, Sabó, Pomgar, Taranto e Tecfil, além de GMA (Grupo de Manutenção Automotiva), IQA – Instituto da Qualidade Automotiva, Senai, Sincopeças-SP e Sindirepa-SP.

Meio ambiente
A feira promovida pela revista O Mecânico foi bastante interessante, bem organizada e possibilitou as empresas ampliar o relacionamento com os profissionais da reparação automotiva. O comparecimento de três montadoras de veículos de passeio e uma de veículos comerciais mostra certo amadurecimento das marcas; estas já perceberam que vender peças pode ser tão lucrativo quanto vender o carro completo.

Mas a notícia que realmente chamou atenção foi a campanha da Mercedes-Benz para divulgar o produto remanufaturado e, se o caminhão com peças Renov realmente se confirmar, será uma evolução ambiental muito importante para não ser repercutida, pois verdade seja dita: muitos falam em responsabilidade ambiental e divulgam que são empresas amigas do meio ambiente, porém a maioria apenas faz marketing sobre pequenos investimentos que no final das contas geraram retorno financeiro, com certa economia nas contas de água e energia elétrica.

Falta para este País um plano de reciclagem dos automóveis velhos que quando chegam ao fim da vida útil vão parar no fundo das represas ou amontoados em matagais sem que nenhum tipo de cuidado seja tomado. Precisamos urgentemente de uma política de reciclagem, de forma responsável, tal como ocorre com as baterias automotivas, em que os fabricantes são obrigados a retirar de circulação uma bateria usada para cada bateria vendida. Por que não obrigar as montadoras a fazer o mesmo com os automóveis?


Boas novas
Premiação – A Tuper Escapamentos realizou no início do mês a entrega dos prêmios da promoção “Acelere e Ganhe”. O sorteado foi Francisco Quagliato, da Auto Importadora Nogueirol, de Santos – SP, que está à frente do negócio desde 1955, e ficou emocionado ao receber a Saveiro Cross e a Honda CG 150 Fan do gerente de vendas regional da Tuper, Marcio Dattola, e do representante comercial, Marcos Oliveira. A promoção contou com a participação de milhares de lojistas de todo o País, que durante o período de 20 de junho a 20 de agosto, ao atingir a cota de 100 peças faturadas, concorriam automaticamente com um cupom gerado eletronicamente, após efetuar o cadastro no site.

Consórcio – As vendas de cotas de consórcio de veículos leves (automóveis, utilitários e caminhonetes) atingiram a marca de 484.100 cotas entre janeiro e julho deste ano, um aumento de 57,2% em relação ao mesmo período do ano passado, de acordo com a Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).  

Polias e tensionadores – Agora com produção local (em MG e São Paulo), a Dayco projeta fechar seu ano fiscal com 16% do mercado nacional de tensionadores e polias para a linha leve. Nesta linha de produtos, o crescimento das vendas de janeiro a agosto deste ano foi de 170%, comparativamente a igual período de 2010. A empresa informa que os 16% representam crescimento de 10 pontos percentuais de participação no segmento, por meio de produtos que foram lançados no Brasil em 2009 e que, hoje, abrangem um completo portfólio de 250 itens para a linha leve e a pesada.

Vidros – A Saint-Gobain Sekurit mostra no Congresso SAE Brasil 2011, que ocorre entre os dias 4 a 6 de outubro, no Expo Center Norte, em São Paulo, o avanço da tecnologia do vidro nos automóveis nos últimos cinco anos, com destaque para as tecnologias antiembaçante, aplicado no Novo Uno, e acústico, que reduz o nível de ruído interno de 5dB a 8dB, e está presente nos modelos Citroën C3 Aircross, C3 Picasso e no Peugeot 408.

Vendas e produção crescem, mas...

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

Boletim Extra – 16 de setembro de 2011

Alexandre Akashi

As vendas e produção de veículos zero km continuam em alta, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em agosto, foram produzidos 325,3 mil unidades, aumento de 5,9% em relação a julho e 5,5% em relação a agosto de 2010, quando foram produzidos respectivamente 307,2 mil e 308,3 mil veículos. Já no acumulado do ano (janeiro-agosto), o crescimento é de 4,4%. No total foram produzidos 2,34 milhões de unidades em 2011 contra 2,24 milhões no mesmo período de 2010.

Já as vendas apresentaram crescimento de 6,9% em relação a julho, com 327,4 mil unidades comercializadas em agosto, ante 306,2 mil, em julho. Em relação ao ano anterior, quando foram licenciados 312,8 mil veículos, o crescimento foi de 4,7%. No acumulado do ano, o incremento é de 8%. Em 2011 foram 2,37 milhões de unidades ante 2,19 milhões de 2010.

Os números são bons? Em termos. Depende para quem. Um olhar mais atento ao boletim da Anfavea mostra que o cresceu, realmente, foram as vendas e produção de veículos comerciais (caminhões e ônibus) e vendas de importados, trazidos pelas montadoras, principalmente do México e Argentina, países que o Brasil mantém acordos comerciais.

As vendas de automóveis de passeio fabricados no Brasil caíram 0,7% em agosto deste ano em relação ao mesmo mês do ano passado. Foram 253.744 carros vendidos em 2011 ante 255.527 em 2010. No acumulado do ano, o crescimento é de apenas 2,2%. De janeiro a agosto de 2011, foram vendidos 1.839.850 veículos, ante 1.800.674 em igual período de 2010. Já em relação ao mês anterior (julho), a comercialização de carros nacionais subiu apenas 6,2%.

Por outro lado, o licenciamento de veículos importados pelas próprias montadoras cresceu 9,2% em agosto em relação a julho deste ano (73.611 unidades ante 67.385), 28,6% em agosto de 2011 em relação a agosto de 2010, quando foram vendidos 57.256 carros, e impressionantes 34,7% no acumulado do período janeiro-agosto de 2011 em relação ao mesmo intervalo de 2010 (530.998 ante 394.136).

Com isso, o índice de participação dos importados no licenciamento de carros novos, somente entre os participantes da Anfavea, já representa 22,4% do total de veículos comercializados. Quase ¼ do que é vendido nas concessionárias das marcas que têm fábrica no Brasil vem de fora. Por que?

Ninguém tem uma resposta clara e objetiva a esta questão. Mas é certo que com a atual taxa de câmbio e incentivos fiscais proporcionados pelos acordos comerciais, fica mais barato trazer de fora, de países onde há capacidade instalada ociosa, do que investir em novas linhas de montagem aqui.

Assim, nosso mercado está aberto, escancarado para as importações oficiais, que ganharam um fôlego a mais no fim desta semana quando o governo federal decidiu elevar o imposto de importação de veículos em 30 pontos percentuais, mas somente para as marcas que não têm fábrica aqui, o que vai impactar diretamente nos custos dos veículos comercializados pelas empresas que formam a Abeiva (Associação Brasileira de Importadores de Veículos Automotores).

Vale lembrar que em volume, a Abeiva representa apenas 6,6% do total de veículos vendidos no Brasil, apesar de ter crescido 100% este ano em relação ao ano passado, com a venda de 129.281 veículos.

Rápidas
Bendito comercial –
A Nissan é a montadora que tem apresentado maior índice de crescimento este ano. Segundo boletim da Anfavea, está em 92,1% no acumulado do ano, em relação a 2010. Se de janeiro a agosto do ano passado venderam 14.880 automóveis, no mesmo período deste ano foram 28.578. E o popular March nem chegou ainda.

Francesas – Quem também está se dando bem são as francesas Renault e Citroën, que cresceram 19,1% e 20,4% respectivamente. Já a Peugeot está patinando, com queda de 4% no acumulado do ano.

Tsunami – Ainda sob reflexo do desastre ocorrido no início do ano no Japão, Honda e Toyota sofrem perdas significativas de mercado. A Honda vendeu 16,9% a menos este ano em relação a 2010 (janeiro-agosto) e a Toyota, -8,8%.

Líder – Fiat continua líder de vendas, com 387.821 veículos comercializados no acumulado do ano, apesar de em agosto, a Volkswagen (vice-líder com 374.874) ter emplacado mais (54.503 ante 52.644). GM aparece em terceiro, com 348.898 no acumulado, e Ford em quarto, com 166.686.

Boas novas
Festa –
Não perca amanhã, sábado, e domingo, a Expomecânico, primeiro evento específico para profissionais que atuam no aftermarket automotivo que vai reunir no mesmo espaço físico aprimoramento técnico, exposição de produtos e serviços, e lazer.

Grandes marcas estão confirmadas, como Affinia, Alfatest, Bosch, Dayco, Delphi, General Motors, Mobensani, Mobil, Pogmar, Sabó, Taranto e Valflex. Realizado pela Revista O Mecânico, conta com apoio do Sindirepa-SP, Sincopeças, IQA e GMA.

Entre as atrações, palestras técnicas em auditórios, exposição de produtos, equipamentos e serviços, atividades promocionais com oferta de brindes, entretenimento e informação nos boxes, ações na pista de Interlagos para apresentação de veículos e produtos, atrações recreativas oferecidas pelas empresas expositoras, espaço Infantil e salão da mulher.

A festa começa às 9h da manhã e vai até as 18h nos dois dias, e ocorre no autódromo de Interlagos, em São Paulo. A entrada é grátis, mas deve ser feito credenciamento antecipado pelo site www.expomecanico.com.br.


Prêmio AEA – Com objetivo de incentivar os formandos em engenharia a enveredar pela carreira no setor automotivo e atender à forte demanda, será criado durante o Simea 2011, que ocorre nos dias 21 e 22 de setembro, em São Paulo, o Prêmio AEA Jovem Engenheiro Automotivo. Para concorre é preciso ser aluno do último ano de engenharia.

A proposta da associação é premiar um aluno por instituição de ensino, que terá gratuidade em cursos e eventos promovidos pela entidade ao longo de 2012. Além disso, a AEA estuda, em parceria com as empresas patrocinadoras, promover viagens técnicas a eventos internacionais do setor automotivo.

Segundo a associação, nesta primeira fase do projeto, o prêmio está sendo lançado somente aos alunos do quinto ano de Engenharia, de nove faculdades: Escola de Engenharia de São Carlos – USP, Escola Politécnica da Universidade de São Paulo, FAAP, FEI- Faculdade de Engenharia Industrial, Instituto Mauá de Engenharia, Mackenzie, Universidade Estadual de Campinas,Universidade Federal de São Carlos e UNIP -Universidade Paulista, mas a expectativa é de estendê-lo para outras faculdades de engenharia do País no próximo ano.

Os critérios de avaliação dos quintoanistas de Engenharia levam em consideração o seu histórico escolar no curso e o projeto de formatura do aluno, necessariamente relacionado ao setor automotivo. O Prêmio AEA Jovem Engenheiro Automotivo é coordenado pelo professor Ronaldo Salvagni, da Poli-USP, e Marcos Clemente, da Mahle. Mais informações: www.aea.org.br.


Catálogo de correias - A Dayco colocou no mercado um novo catálogo online (www.daycoindustrial.com.br) de correias para a indústria em geral, abrangendo segmentos da siderurgia, petróleo, alimentação, refrigeradores industriais, bombas d’água, máquinas de costura, geradores, bombas de vácuo/centrífuga e bombas de combustível, entre outras inúmeras aplicações.

O novo site apresenta, detalhadamente, 934 itens de aplicação normatizados (RMA I-2), entre correias em V Clássicas Envelopadas, correias em V Clássicas Dentadas, correias Trapezoidais Envelopadas de alto desempenho e correias Trapezoidais de Seção Estreita.


Catálogo de injeção – Quem também está de catálogo novo é a MTE-THOMSON, para divulgar as peças de injeção eletrônica. Entre as novidades destaque para a divisão por montadora, o que facilita a identificação do produto.

Ao todo, são treze linhas de produtos, com mais de 700 itens entre sensores e atuadores de detonação, rotação, módulo de ignição, pressão (MAP), massa de ar (MAF), posição (TPS), velocidade, motor de passo (IAC), válvula do controle da marcha-lenta (IACV), corpo de borboleta, sensor lambda convencional e planar e bobina de ignição abrangendo todos os modelos de veículos nacionais e importados. Solicite o novo exemplar pelo SIM – 0800-704 7277 ou pelo sim@mte-thomson.com.br


Bagageiro Keko - A Keko Acessórios lança o bagageiro Action para o Chevrolet Agile e o Novo Fiat Uno. O equipamento permite o transporte de até 34 kg de carga e é indicado para carregar pranchas de surf, bicicletas e outros itens. O acessório combina materiais metálicos e plásticos, para deixar a peça leve e harmoniosa com o design do veículo, em dois tons de acabamento: preto e prata. O preço sugerido é R$ 427.

O valor do reparador e da mão de obra de qualidade

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Boletim 3/2011 – 14 de setembro de 2011

Alexandre Akashi

Já faz tempo tenho percebido que trabalhar com aftermarket automotivo é algo considerado de menor importância, principalmente por aqueles que atuam no setor de consumo direto, que neste caso é o cliente de carro zero km.

Fazem de tudo para que o assunto manutenção seja posto de lado, como algo a ser evitado; afinal, o que precisa de manutenção não deve ser muito bom, não é mesmo? Porque se fosse bom, não precisaria de manutenção; funcionaria para sempre, direito, sem precisar revisão, troca de peça, reaperto de parafuso, lubrificação etc., ainda que seja feito de componentes que sofrem desgaste natural.

Assim este pré-conceito está aculturado na nossa sociedade e sempre que o carro quebra e precisa de cuidados profissionais, a primeira frase ouvida na oficina é uma reclamação, uma indignação, uma frustração. “Pensei que era bom, mas quebrou e agora vou ter de gastar para consertar”.

As palavras “gastar para consertar” soam ainda mais negativas porque o dono do carro tinha a convicção de que ele possuía um bem extremamente durável e que era praticamente inquebrável quando foi adquirido, mesmo que ele usasse sem parar. Foi essa a promessa do comercial da TV, que dizia mais ainda: compre este e fique bonito na foto com as mulheres, os amigos, e aproveite para matar os vizinhos de inveja.

Em resumo, existe uma indústria que faz de tudo para reduzir a importância do trabalho da assistência técnica, apesar de os produtos deles não serem infalíveis, muito pelo contrário, falham mais do que imaginam, e de forma que não conseguem controlar.

Ao mesmo tempo, acompanho movimentos como o presenciado na tarde de ontem, durante o Seminário da Reposição Automotiva, organizado e realizado pelo Grupo Photon, em que os principais executivos do aftermarket automotivo se reúnem para dizer o quanto o setor está evoluído e cheio de valor.

Fato é que a cadeia produtiva do aftermarket é blindada às crises econômicas enquanto houver carros para serem reparados e, mesmo quando é mais barato trocar o carro velho por um novo ao invés de fazer manutenção no antigo, o setor cresce justamente por conta do aumento da frota.

O evento de ontem contou, como sempre, com a participação de representantes de sindicatos associações, como Sindirepa-SP, Sincopeças, Andap, Sindipeças e GMA (Grupo de Manutenção Preventiva), que juntos tentam buscar uma solução para que o setor deixe de ser considerado “um mal necessário”.

Algumas ações têm sido realizadas, e o Inmetro foi protagonista em uma delas, quando passou a exigir certificação para produtos como amortecedores, bombas de combustível, buzinas, pistões de liga leve de alumínio, pinos e anéis de trava (retenção), anéis de pistão, bronzinas e lâmpadas na portaria nº 301 de 21/07/2011. É certo que ainda demora um pouco para entrar em vigor, mas este foi o primeiro passo. Somado com os demais itens que já possuem certificação compulsória (obrigatória), como pneus, rodas e vidros, a abrangência da necessidade de certificação será de cerca de 70% dos produtos de maior consumo no aftermarket automotivo.

Isso é bom para cliente da oficina, pois terá a certeza de que o carro será consertado com peças de qualidade. Mas e quanto à mão de obra? Já faz tempo que o mecânico de automóvel se reciclou e se tornou um especialista em resolver problemas difíceis, pois quanto mais tecnologia o carro apresenta, mais estudo exige do profissional.

No seminário, o Senai apresentou as bases da modalidade de certificação de pessoas, no caso profissionais de reparação automotiva. Um diploma que garante a qualidade da mão de obra, tal como já ocorreu no passado com a certificação ASE, baseada em regras norte-americanas.

Assim, com tantos esforços, por que a profissão de reparar automóveis é jogada para um plano inferior? No seminário, os representantes dos sindicatos deixaram claro que mais de 70% da frota de 32 milhões de veículos circulantes nas vias brasileiras está sob responsabilidade dos mecânicos não vinculados às montadoras.

E, se quem fabrica carros não valoriza o profissional que mantém o próprio produto em funcionamento, satisfazendo as necessidades dos seus donos, supostamente clientes daquela marca, para que insistir e querer reconhecimento? É como o filho abandonado que quer encontrar o pai a qualquer custo. Depois que encontra, descobre que era mais feliz na ignorância...

Existe, sim, a necessidade de informação técnica e disponibilidade de peças para realizar um serviço de qualidade. Quem deveria oferecer isso não enxerga o grande negócio que existe por trás da reparação automotiva e deixa de explorar uma fonte de renda muito maior do que a própria venda do veículo.

Mas um dia isso muda e cabe ao setor como um todo começar este movimento, que deve ser iniciado pelo maior entendimento das necessidades do cliente, na base da cadeia: o cliente do reparador. Ele é o alvo, é a ele que toda a cadeia deve servir. Com bons produtos, certificados, com qualidade garantida, mão de obra qualificada e preço justo, que o faça acreditar que vale mais a pena manter o usado do que comprar um novo. Ai sim a montadora vai enxergar o aftermarket com outros olhos.

Boas novas
Palhetas - Os motoristas somente se lembram das palhetas quando começa a temporada de chuva, mas a fabricante Bosch recomenda atenção nos meses de estiagem, e substituir o componente pelo menos uma vez ao ano, antes das chuvas. “É no período de seca que o equipamento merece receber uma atenção especial, pois o tempo seco, em conjunto com a maior incidência de raios UV presentes na atmosfera, afeta a composição da borracha diminuindo a vida útil deste componente, informa.

Ranking - Em julho, o Brasil manteve a quarta posição no ranking mundial de vendas de veículos automotivos, de acordo com a Jato Dynamics, empresa que realiza mensalmente a medição do comportamento comercial da indústria automotiva. O crescimento naquele mês foi de 0,9% em relação ao mesmo mês do ano anterior. As primeiras posições foram ocupadas por EUA, China e Japão. Na quinta e sexta colocações estão Alemanha e Rússia.

Reposição Renault - Tal como fez com outros veículos da marca, a Renault reduziu os preços dos componentes de manutenção e reparação do Kangoo Express. Entre as peças de desgaste natural, destaque para o par de discos de freios, que caiu mais de 60%, de R$ 306,10 para R$ 109,76, a correia do motor (-58%) caiu de R$ 87 para R$ 37, o elemento de filtro do ar (quase - 50%) de R$ 55,56 para R$ 29,04, e o jogo de lonas traseiro (-52%) de R$ 379,96 para R$ 182,93. O reposicionamento de preços contemplou também o alternador (-12%) de R$ 714 para R$ 628, espelho retrovisor externo (- 9%) de R$ 214,56 para R$ 195,12, e para-choque traseiro (- 56%) de R$ 633,88 para R$ 280,49.

Anfavea - As vendas e produção de veículos zero km continuam em alta, segundo a Anfavea (Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores). Em agosto, foram produzidos 325,3 mil unidades, aumento de 5,9% em relação a julho e 5,5% em relação a agosto de 2010, quando foram produzidos respectivamente 307,2 mil e 308,3 mil veículos. Já no acumulado do ano (janeiro-agosto), o crescimento é de 4,4%. No total foram produzidos 2,34 milhões de unidades em 2011 contra 2,24 milhões no mesmo período de 2010.

Já as vendas apresentaram crescimento de 6,9% em relação a julho, com 327,4 mil unidades comercializadas em agosto, ante 306,2 mil, em julho. Em relação ao ano anterior, quando foram licenciados 312,8 mil veículos, o crescimento foi de 4,7%. No acumulado do ano, o incremento é de 8%. Em 2011 foram 2,37 milhões de unidades ante 2,19 milhões de 2010.

Autoridades fecham o cerco contra produtos de procedência duvidosa

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Boletim 02/2011 – 5 de setembro de 2011

Alexandre Akashi

Foi com bastante alegria que recebi a notícia de que o Ipem-SP (Instituto de Pesos e Medidas do Estado de São Paulo) tem autuado lojas e centros automotivos que insistem em oferecer ao consumidor produtos fora de especificação legal, ainda que eles se resumam apenas aos catalisadores.

Segundo informativo recebido, a autarquia, que é vinculada à Secretaria da Justiça, realizou fiscalização na região da Grande São Paulo e nas cidades de Bauru, Campinas, Ribeirão Preto, São José dos Campos e São José do Rio Preto, e atuou 23 estabelecimentos por comércio de catalisadores automotivos irregulares.

No total, foram vistoriadas 75 empresas em três dias de operação e, de acordo com o superintendente do Ipem-SP, Fabiano Marques de Paula, este tipo de fiscalização será rotineira uma vez que a regulamentação do produto é recente. “Vamos continuar de olho no mercado para tentar reduzir a zero a venda de catalisadores falsos”, diz.

As empresas autuadas têm dez dias para apresentar defesa e, após esse período, será definida multa entre R$ 100 e R$ 50 mil, dobrando na reincidência.

A ação do Ipem é imprescindível, assim como a do consumidor e também do reparador, de alertar as autoridades sempre que presenciar alguma irregularidade, não apenas com catalisadores, mas com qualquer outro componente.

O comércio de peças de procedência duvidosa é prejudicial a saúde e também ao bolso e à reputação. Imagine que um cliente chegue à oficina com um pacote de peças que só de olhar dá repulsa e insiste para você aplicar no carro dele. Se um acidente acontecer por causa deste componente, saiba que a primeira pessoa ser responsabilizada será o instalador.

O cliente questionará: “Se você sabia que não prestava, por que instalou?” E, só depois que você conseguir provar que o fez por insistência do dono do carro (se é que vai conseguir), é que ele vai buscar justiça com quem vendeu a peça. E este, muitas vezes, já sumiu do mapa.

O reparador deve, então, ficar atento, pois não é somente catalisadores que estão na mira dos falsários e maus empresários, que só visam o lucro. Outros tipos de componentes também são alvos de pirataria e, pior do que isso, de procedência duvidosa, pois falta ainda ao nosso país regras claras sobre qualidade mínima. Em outras palavras, pode tudo.

Para isso, um forte movimento pró certificação tem sido realizado por entidades e associações do setor automotivo, tal como ocorreu com brinquedos e medicamentos, para garantir um padrão básico de qualidade ao consumidor. Esta é uma bandeira que as oficinas e profissionais de reparação também deve sustentar, pois interfere diretamente no resultado do trabalho.

Somente para ressaltar, a legislação Conama (resolução nº 282) indica que desde o início de abril deste ano, só podem ser comercializados no mercado de reposição catalisadores com o selo do Inmetro, para garantir assim que o produto possui os requisitos estabelecidos por normas e os regulamentos técnicos vigentes.
Em caso de dúvidas, é possível consultar o site do Inmetro http://www.inmetro.gov.br/qualidade/empresas_convCatalitico.asp, que dispõe da lista de fabricantes que passaram por processo de avaliação e foram aprovados pelo órgão por seus produtos estarem em conformidade. O selo é estampado na própria peça para facilitar a visualização e fiscalização.


Boas novas
Posse – O IQA – Instituto da Qualidade Automotiva realizou em São Paulo cerimônia de posse da diretoria para o biênio 2011-2013. Marcio Migues, da Renault, continua na presidência da Diretoria Executiva, enquanto Sergio Pin, da Schaeffler, foi eleito presidente do Conselho Diretor. Em discurso, o presidente do Sindirepa-SP, Antonio Fiola, membro do Conselho Diretor, enfatizou a necessidade de montadoras e reparação independente andarem junto, principalmente agora com a conquista da certificação compulsória para componentes de segurança comercializados no mercado de reposição.

A cara da Dayco – A Dayco iniciou uma nova campanha de relacionamento com o mercado de reparação e reposição independente, do distribuidor ao mecânico, com objetivo de divulgar a empresa, mostrar as vantagens da marca e quais os principais produtos e serviços oferecidos, além de informar e conscientizar sobre a importância da manutenção preventiva. Como apoiadora da ideia, a empresa busca levar informação com relação à troca conjunta de tensionadores e polias quando efetuada a troca da correia dentada. O conjunto funciona melhor, evitando retrabalho para o mecânico, desgaste de peças e maiores gastos financeiros para o dono do veículo.

Inspeção Ambiental em debate – O Sindirepa-RS realizou no dia 1º de setembro o I Fórum de Debates Sindirepa-RS, para discutir os benefícios da inspeção ambiental veicular no RS. Para tanto, reuniu autoridades de órgãos públicos e representantes de entidades do setor de reparação automotiva, dirigente do Sindipeças (GMA - Grupo de Manutenção Automotiva – Carro 100%) e o presidente da Controlar, empresa que administra o serviço de Inspeção Ambiental Veicular na cidade São Paulo, com objetivo mostrar os resultados e a experiência da Inspeção Ambiental na cidade de São Paulo que concentra mais de 20% da frota circulante nacional, o que representa 7 milhões de veículos do total de 32,5 milhões, segundo levantamento do Sindipeças.

Antiembaçante – A Saint-Gobain Sekurit apresentou o primeiro para-brisa antiembaçante para ônibus produzido no País, que foi desenvolvido ao longo dos dois últimos anos e lançado em 2010, como equipamento opcional para o Novo Uno, da Fiat. A empresa conta que simultaneamente, a equipe de engenharia desenvolveu o produto para aplicação em ônibus e assim acaba de anuncia que já pode dar início à produção nas novas instalações da empresa, em Mauá, SP. O produto foi exibido durante a Transpublico 2011, realizada no Transamérica Expo Center, em São Paulo.

Reposição em 2 Rodas – A Cobreq, marca da TDM Friction do Brasil, anuncia que já disponibiliza para o mercado de reposição as pastilhas e patins de freios da Honda NXR 150 Bros 2012, modelos off road com motorr flex (etanol/gasolina), que somente nos sete primeiros meses do ano vendeu 114.000 unidades. Disponível em dois modelos, a NXR é vendida com freio a disco dianteiro de 240 mm (modelo ESD) ou a tambor de 130 mm (modelos KS e ES). Na traseira, o freio é a tambor de 110 mm. Para a reposição, a TMD/Cobreq disponibiliza a pastilha do freio a disco e o patim do freio traseiro.
 

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